A parte aérea da mandioca é um produto de qualidade superior a muitas das forrageiras tropicais utilizadas na alimentação animal. Diante disto, objetivou-se avaliar a produtividade e o valor nutritivo da parte aérea de 18 variedades de mandioca. As plantas foram colhidas com dezoito meses de idade. A estatística utilizada foi à análise fatorial múltipla. Observou-se que as 18 variedades estudadas foram agrupadas em três tipos, que foram discriminados principalmente pela variabilidade observada na característica de degradação ruminal da matéria seca (MS) e da fibra em detergente neutro (FDN). As variedades agrupadas no tipo 2 foram as que apresentaram maior teor proteico (20,70%), seguida das variedades presentes no tipo 3 (20,45%) e o menor valor foi encontrado nas naquelas do tipo 1 (19,09%). As variedades do tipo 2 apresentaram também o menor teor de fibra em detergente ácido corrigido pra cinza e proteína (FDAcp) e lignina (LIG) (34,15 e 15,30%, respectivamente), o tipo 1 apresentou maior teor de FDAcp (36,14%) e o tipo 3 apresentou maior teor de LIG (19,63%). No fracionamento de proteína, as variedades do tipo 2 apresentaram maior fração de nitrogênio não proteico e menor da fração indegradável, as do tipo 3 apresentaram maior fração de proteína verdadeira de degradação rápida e intermediária e menor da proteína de degradação lenta. As variedades agrupadas no tipo 3 apresentaram maior fração do carboidrato solúvel e de degradação rápida e valor intermediário da fração indegradável. A degradação potencial (DP) da MS foi maior nas variedades do tipo 3 (74,44%), seguida do tipo 2 (74,16%) e o menor valor no tipo 1 (69,43%). A degradabilidade efetiva (DE) da MS foi maior nas variedades do tipo 2 (52,87%), seguida das do tipo 3 (52,43%) e o menor valor foi encontrado nas do tipo 1 (49,61%). A DP da FDN foi maior nas variedades do tipo 2 (59,54%) e menor nas do tipo 1 (54,67%). O maior valor da DE da FDN foi obtido nas variedades do tipo 2 (22,18%) e o menor para as variedades agrupadas no tipo 3 (19,84%). As variedades agrupadas no tipo 2 foram àquelas com maior produção de raiz (10,01 t de MS.ha-1) e maior produtividade do terço superior da rama da mandioca (1,41 t de MS.ha-1). Com base nos aspectos de produtividade e nutricionais, as variedades agrupadas no tipo 2 são mais adequadas para uso na alimentação de ruminantes.