Este estudo estimou os requerimentos de energia e proteína em cordeiros Morada Nova de três classes sexuais. Foram utilizados 47 animais, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 3, três classes sexuais (15 machos inteiros, 16 machos castrados e 16 fêmeas) e três níveis de restrição alimentar (ad libitum, 30 e 60%), com PC inicial (PCi) 14,50 ± 0,89 kg. Quatro animais de cada classe sexual, foram abatidos no início do ensaio experimental como grupo referência para estimativa do peso de corpo vazio (PCVZ) e composição corporal iniciais. Quando o teste experimental atingiu 120 dias todos os animais foram abatidos. As proporções de gordura, proteína, cinzas e água (%PCVZ) não foram influenciadas (P > 0,05) pelas diferentes classes sexuais. As exigências líquida de energia para mantença (ELm) foi igual (P = 0,1704) entre as classes sexuais 73,0 kcal/kg PCVZ0,75/dia e a eficiência de utilização de energia para mantença (km) foi 58%. A energia líquida para ganho (ELg) foi diferente (P < 0,0001) entre as classes sexuais e aumentou quando os animais aumentaram o PC. Para animais pesando 15 kg e ganho médio diário de 200 g, a ELg foi 0,297; 0,304 e 0,411 Mcal/kg PCVZ0,75/dia para machos inteiros, machos castrados e fêmeas, respectivamente. A exigência de energia líquida para ganho em fêmeas foi 26% maior que nos machos inteiros e machos castrados. A eficiência de utilização da energia para ganho de peso (kg) foi diferente (P < 0,0001) entre as classes sexuais: 32, 27 e 29% para machos inteiros, machos castrados e fêmeas, respectivamente. Não houve diferença (P = 0,7783) entre as classes sexuais para o requerimento de proteína líquida para mantença (PLm), sendo 1,06 g/kg PC0,75/dia. Estimou-se o valor de 3,46 g/kg PC0,75/dia para o requerimento de proteína metabolizável para mantença (PMm). A exigência de proteína líquida para o ganho de peso (PLg) foi influenciada (P < 0,001) pelas classes sexuais e descresceu de acordo com o aumento do PC. A eficiência de utilização da proteína para ganho de peso (kpg) foi diferente (P < 0,0001) entre as classes sexuais, sendo 28, 18 e 15% para machos inteiros, machos castrados e fêmeas, respectivamente. As classes sexuais não alteram os requerimentos de energia e proteína para mantença de cordeiros em crescimento. Diferentes classes sexuais afetam as exigências de energia e proteína líquida para ganho. Os requerimentos líquidos de energia para ganho aumenta e o de proteína diminui com o aumento do peso corporal de cordeiros deslanados.