Objetivo: Avaliar o impacto do Método Canguru no aleitamento materno, desenvolvimento motor e estado nutricional em recém-nascidos de baixo peso em uma maternidade pública no município de Maceió-Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo coorte prospectivo controlado realizado durante o período de janeiro de 2014 a julho de 2015 na Maternidade Escola Santa Mônica (MESM)-UNCISAL, situada na Cidade de Maceió/AL. A amostra foi composta por 128 grupos de mães e seus bebês prematuros e de baixo peso, sendo que 65 deles estavam no alojamento canguru (G-canguru); e 63 no alojamento conjunto (G-alcon) que foram avaliados em duas etapas: durante o internamento e em média de 4 a 5 meses após a alta hospitalar. Foram realizados os seguintes procedimentos: investigação da taxa de aleitamento materno; avaliação nutricional do bebê; avaliação do sistema sensório motor oral do bebê; e avaliação da performance motora em bebês. (TIMP). Para as análises estatísticas utilizou-se o Statistical Package for Social Sciences, versão 16.0, sendo utilizados os testes t de Student, qui-quadrado, exato de Fisher. A concordância entre avaliadores para analise dos vídeos do TIMP foi realizada pelo Índice de concordância Kappa. Em todos os testes fixou-se em 5% o nível de significância. Resultados: Predominam para os dois grupos, o gênero feminino, 53,% (35/65) no G-canguru e 58,7% (37/63) no G-alcon. Em relação ao peso ao nascer, destaca-se para o G-canguru uma concentração de 47,7% (31/65) dos bebês com extremo baixo peso enquanto que no G-alcon o percentual foi de 100% de neonatos de baixo peso. No momento da primeira avaliação (TIMP1) predominam para os dois grupos o aleitamento materno exclusivo sem diferença significativa 73,8% (48/65) no G-canguru; e 63,5% (40/63) no G-alcon. Os dois grupos apresentam um perfil semelhante no desenvolvimento geral do sistema sensório motor. A maioria dos bebês apresentou o desenvolvimento motor atípico de acordo com a classificação do escore Z. 78,5% (51/65) para o G-canguru; e 95,2 % (60/63) no G-alcon. O estado nutricional na primeira avaliação apresentou diferença significante com 43,1% (28/65) dos bebes do grupo G-canguru; e 15,8% (10/63) do G-alcon em risco nutricional. Na segunda avaliação, após a alta, (TIMP2) foi observada diferença significante no aleitamento materno exclusivo favorecendo o G-canguru comparado ao grupo G-alcon (29,2% (19/65); vs 6,3% (4/63). Não houve diferença entre os dois grupos na proporção de desenvolvimento motor atípico,porém houve melhora em relação ao TIMP1 52,3% (34/65); e 68,3%(43/63). Não houve diferença entre a proporção de crianças com risco nutricional entre os grupo no TIMP2, evidenciando uma significante melhora no grupo G-canguru. Conclusões: Os bebês de baixo peso participantes do Método Canguru apresentaram melhores taxas de aleitamento materno e recuperação nutricional no seguimento prospectivo em comparação aos bebês que estavam sob cuidados tradicionais.