O processo de interrupção da lactação é importante para o bem-estar de bovinos leiteiros e produção na lactação seguinte. As estratégias mais utilizadas para a secagem de vacas leiteiras estão baseadas na restrição alimentar, diminuição da frequência de ordenha e interferência hormonal. Entretanto, o processo de secagem causa estresse aos animais e como o bem-estar animal se tornou uma grande preocupação social, novas estratégias de secagem devem ser estudadas. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da qualidade do feno sobre o comportamento e secagem de vacas leiteiras. Foram utilizadas 16 vacas da raça Holandesa, primíparas e multíparas com (média ± DP) de peso vivo de 521,56 ± 59,54 kg, escore de condição corporal 3,22 ± 0,36; 2,31 ± 1,20 partos, produção de leite 12,69 ± 2,15 kg dia-1, e 220,88 ± 9,72 dias de lactação. Os animais foram alojados individualmente em piquete maternidade de acordo com a data prevista para a secagem e distribuídos aleatoriamente em dois grupos balanceados de acordo com a produção de leite, dias de lactação, número de partos, peso vivo e escore de condição corporal, resultando em 8 vacas por tratamento em delineamento inteiramente casualizado. Durante nove dias as vacas foram submetidas às seguintes dietas: D1 – feno vaquero e D2 – feno de tifton 85. Nos três primeiros dias de adaptação as vacas receberam ração total de acordo com suas exigências (NRC, 2001), e a partir do dia zero de experimento passaram a receber somente feno fornecido ad libtum. O consumo de matéria seca, produção de leite, comportamento alimentar, repouso e vocalização foram monitorados. Não foram observadas alterações nos parâmetros comportamentais avaliados para os diferentes fenos fornecidos (p>0,05). O tempo despendido com alimentação variou significativamente para os dias do experimento (P=0,0083). A redução na produção de leite e a não alteração comportamental dos animais indica que os dois fenos podem ser utilizados no processo de secagem de vacas leiteiras.