Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes espessuras de gordura subcutânea ao abate em cordeiros ½ Dorper + ½ Santa Inês sobre o desempenho (dias de confinamento, idade ao abate, peso corporal inicial, peso corporal final, ganho de peso total, ganho de peso diário, peso corporal ao abate, escore da condição corporal), as características quantitativas da carcaça (peso do corpo vazio, peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, perdas por resfriamento, pH da carcaça 0 e 24 horas após o abate, rendimento da carcaça na origem, rendimento da carcaça no frigorifico, rendimento comercial da carcaça, rendimento verdadeiro da carcaça, espessura de gordura subcutânea, índice de compacidade da carcaça, largura da garupa, comprimento da perna e índice de compacidade da perna) e as características dos cortes comerciais (pesos, rendimentos e composição tecidual). Os animais tiveram a espessura de gordura subcutânea avaliada por ultrassonografia, à altura da 12ª costela do antímero esquerdo ao desmame e a cada 15 dias. Após a desmama os cordeiros foram alocados em três grupos experimentais, tendo a espessura de gordura subcutânea ao abate como tratamento (2mm, 3mm e 4mm). Os cordeiros foram alimentados com silagem de milho à vontade e 2% do peso corporal de uma mistura com 75% de milho moído; 19% de farelo de soja; 1% de ureia e 5% de núcleo comercial. Uma vez atingida espessura de gordura pré-determinada, os animais foram novamente pesados para a obtenção do peso vivo na origem, calculados os dias de confinamento e mensurado o escore de condição corporal, sendo encaminhados ao abatedouro. Após 18 horas em jejum de sólidos foram novamente pesados para a obtenção do peso corporal ao abate. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos e oito repetições. Para realização das análises estatísticas foi utilizado o procedimento GLM do SPSS e as médias comparadas pelo teste Tukey com nível de significância de 5. Não houve efeito dos tratamentos (p>0,05) sobre o peso corporal inicial, pH da carcaça imediatamente após abate e 24 horas após, comprimento interno da carcaça e índice de compacidade da perna. Contudo diferiram (p<0,05) para os dias de confinamento, idade ao abate, peso corporal final, ganho de peso total, ganho de peso diário, peso corporal ao abate, escore da condição corporal, peso do conteúdo gastrintestinal, peso do corpo vazio, peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, perdas de peso por resfriamento, rendimento da carcaça na origem, rendimento na carcaça no frigorifico, rendimento comercial da carcaça, rendimento verdadeiro da carcaça, índice de compacidade da carcaça, largura da garupa, comprimento da perna. A porcentagem dos cortes em relação a meia carcaça; pescoço (5,62%); paleta (18,49%), costilhar (29,16%), lombo (12,15%) e perna (34,91%) não diferiam entre as EGS (p<0,05). Os pesos dos cortes apresentaram diferenças estatísticas entre os tratamentos (p<0,05). Quanto a composição tecidual dos cortes, apenas a musculatura do pescoço, osso do pescoço, ossos do lombo e de ossos da perna, apresentaram diferença estatística entre as espessuras de gordura subcutânea (p<0,05), sendo que os demais tecidos (gordura, ossos, resíduo e músculo) não
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apresentaram diferenças nos outros cortes. Devido a apresentarem melhores rendimentos de cortes e carcaça, além de ganho de peso médio diário satisfatório, recomenda-se o abate dos cordeiros ½ Dorper + ½ Santa Inês com 4mm de espessura de gordura subcutânea.