O objetivo deste trabalho foi criar um modelo experimental que possibilite a introdução de implante com ou sem agente patogênico contendo no lúmen da vesícula urinária em camundongos (Mus musculus). Foram utilizados 42 camundongos (Mus musculus) Balb/c isogênicos, fêmeas, com oito semanas de idade, peso médio de 15,34 ± 0,76 g, imunossuprimidos com metil predinisolona (200 mg/kg), anestesiados com associação de xilazina (1,5 mg/kg) e cetamina (200 mg/kg) intraperitoneal. Foram realizados três grupos associados aos implantes, Grupo controle (G1), no qual foi implantado somente cateter estéril; no grupo 2 (G2), implantou-se cateter mais 0,01 ml de suspensão com Candida tropicalis; já o grupo 3 (G3) recebeu cateter impregnado com biofilme contaminado por Candida tropicalis. Após a deposição do fragmento no interior vesical o cateter 20G foi retirado seguido da cistorrafia. Os animais foram eutanasiados com três e seis dias após o procedimento. Não houve diferença entre os grupos cirúrgicos, porém houve uma perda significativa de peso de 1,90 ± 1,33 g (p=0,0001), porém, similar entres os grupos (p=0,8320) e baixo índice de complicações (p=0,8345) no transcirúrgico. Analises histopatológicas realizadas na bexiga, apresentou lesões similares entre os grupos (p=0,8779), nos rins congestão, estenose tubular, necrose tubular, cilindros hialinos, congestão glomerular e glomerulonefrite proliferativa, somente no G3 apresentou diferença (p=0,0452) com relação à glomerulonefrite proliferativa. Em conclusão, a presente técnica de implante intravesical de fragmento de cateter para estudos de agentes causadores de infecções do trato geniturinário em Mus musculus foi eficiente devido à sua exequibilidade e aos baixos índices de complicações.