OBJETIVOS: Verificar a utilidade do algoritmo que permite a quantificação do volume e
área das drusas com tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD OCT)
para estudar a história natural das drusas e descolamentos do epitélio pigmentado da
retina drusenóides (DEP drusenóide), comparando as medidas automáticas da SD
OCT com as medições manuais da retinografia para avaliar essas medidas como um
critério clínico confiável de progressão da degeneração macular relacionada à idade.
MÉTODOS: Foram desenvolvidos 3 estudos. Um estudo prospectivo de história natural
avaliou pacientes com o diagnóstico de degeneração macular relacionada à idade
(DMRI) não exsudativa que apresentavam DEP drusenóide. A área e o volume foram
quantificados com SD OCT e os pacientes acompanhados por um período mínimo de 6
meses. No segundo estudo prospectivo as medidas da área de drusas obtidas
automaticamente com SD OCT e manualmente por meio da retinografia foram
comparadas na visita inicial e após 3 e 6 meses. O terceiro estudo foi um ensaio
clínico, prospectivo, duplo cego, controlado com placebo, para avaliar a eficácia da
inibição do sistema complemento na DMRI intermediária. O principal critério de
desfecho inclui a redução no volume das drusas avaliada com SD OCT.
RESULTADOS: Foi possível identificar a história natural nos pacientes com DEP
drusenóide utilizando a SD OCT. De acordo com o estudo,50% dos olhos
permaneceram estáveis após o seguimento, 31.25% evoluíram para atrofia geográfica,
12,5% para neovascularização e 6.25% regrediram sem evoluir para formas severas.
No segundo estudo as áreas obtidas com a retinografia foram consistentemente
maiores que as obtidas automaticamente com tomografia de coerência óptica, porém
as mudanças observadas durante o seguimento foram semelhantes. No terceiro estudo
as mudanças no volume das drusas foram semelhantes nos grupos de estudo e
placebo. CONCLUSÕES: A quantificação das drusas e dos DEP drusenoides por meio
da SD OCT e a utilização de novos algoritmos capazes de medir a área e volume das
drusas mostrou-se útil para estudar a história natural da doença. As mudanças
observadas na área de drusas durante o seguimento foram semelhantes por meio da
retinografia e da SD OCT. Os dados desses estudos mostram que a avaliação da área e volume das drusas são excelentes critérios para serem utilizados em ensaios clínicos
futuros que envolvam pacientes com DMRI intermediária. Ensaios clínicos com
múltiplos critérios, onde a eficácia de um tratamento pode ser definida pela habilidade
em prevenir o crescimento das drusas, o desenvolvimento de neovascularização ou a
formação de atrofia geográfica devem ser considerados no futuro.
PURPOSE: To verify the utility of an algorithm that measures the area and volume of
drusen with spectral domain optical coherence tomography (SD OCT) to study the
natural history of drusen and drusenoid retinal pigment epithelial detachment (drusenoid
PED). To compare the SD OCT automatic measurements with color fundus image
manual measurements, and to validate these measurements as a clinical tool for
following patients with age related macular degeneration (AMD).
METHODS: Three studies were developed. A prospective, natural history study included
patients with drusenoid PED in the absence of neovascularization or geographic
atrophy (GA). Area and volume were measured with SD OCT and patients were
followed for at least 6 months. In the second study, the area of drusen were measured
automatically with SD OCT and manually with color fundus image. Measurements were
compared at baseline, 3 months and 6 months of follow up. The third study was a
prospective, randomized, double masked, controlled with placebo clinical trial to
evaluated the efficacy of complement inhibition in intermediate AMD patients.
RESULTS: The natural history of drusenoid PED was identified using SD OCT. Half of
the patients remained stable during follow up, 31.25% developed GA, 12.5% developed
neovascularization and in 6.25% of patients the drusenoid PED regressed without
development of late phases of AMD. In the second article, the area measured with color
fundus image was systematically higher than the area measured with SD OCT.
However, the change overtime in drusen area was similar with both imaging modalities.
In the third study, SD OCT was able to measure the drusen volume change overtime,
however, the changes were similar in both study and placebo groups.
CONCLUSIONS: The new SD OCT algorithm capable of measuring the area and
volume of drusen was able to follow the natural history of drusenoid PED. The drusen
area change overtime was similar when measured automatically with SD OCT and
manually with color fundus image. Data from these studies shows that measurement of
drusen area and volume with SD OCT may be useful when designing future clinical
trials invlving patients with intermediate AMD. Multiple endpoint trial may be designed to
test the efficacy of a treatment in intermediate AMD, defined as the ability to prevent drusen growth and the development of neovascularization or GA.