A alimentação é o componente primordial para o sucesso da produção animal. A realização de estudos sobre o consumo alimentar e exigência nutricional de ovinos exóticos, trazidos ao semiárido nordestino com o intuito de elevar a produtividade, é importante para gerar e difundir o conhecimento necessário para o desenvolvimento da atividade. No primeiro artigo, objetivou-se determinar a exigência líquida de proteína e energia para ganho de peso e energia de mantença em ovinos Dorper classificados segundo consumo alimentar residual (CAR) confinados sob diferentes ambientes térmicos. No segundo artigo, objetivou-se determinar as exigências líquidas de ganho de macrominerais de ovinos da raça Dorper com CAR negativo e positivo sob diferentes ambientes térmicos proporcionados pelo confinamento a pleno sol ou sombreado. No terceiro artigo, objetivou-se avaliar a relação entre termografia infravermelha, produção de calor e incremento calórico em ovinos Dorper de CAR negativo e positivo confinados em ambiente sombreado e a pleno sol. Utilizou-se 64 ovinos, machos inteiros, da raça Dorper com peso vivo médio inicial de 12 kg e idade média de 70 dias confinados por 100 dias. Para a determinação do CAR, confinou-se por 40 dias os animais em ambiente sombreado, recebendo ração composta de 30% de concentrado e 70% de capim elefante, para ganho de 200g/dia segundo NRC (2007) com 14,5% de PB. Após 40 dias, quatro animais (dois de CAR negativo e dois de CAR positivo) foram abatidos a fim de estimar a composição corporal e o peso de corpo vazio inicial. Os 60 animais restantes foram distribuídos em blocos casualizados em esquema fatorial 2x2, sendo dois ambientes (confinamento a pleno sol ou a sombreado) e dois grupos (CAR positivo ou animais de baixa eficiência e CAR negativo ou animais de alta eficiência) com 15 repetições. Composição corporal e valores de PLg e ELg não diferiram entre cordeiros de CAR negativo ou positivo em confinamento a pleno sol ou sombreado (P > 0,05). Os valores de PLg e ELg foram de 37 e 55 g/dia e 0,554 e 0,834 Mcal/dia e 35 e 53 g/dia e 0,700 e 1.049 Mcal/dia para cordeiros Dorper com 20 e 30 kg de PC e ganho médio diário de 200 e 300 g, respectivamente. A exigência de energia líquida para mantença (ELm) de CAR negativo/sol (60,2 kcal/kg PC0,75/dia) foi menor (P < 0,05) que aquela de CAR positivo/sol (98,5 kcal/kg PC0,75/dia) e CAR Positivo/sombra (96,2 kcal/kg PC0,75/dia). No entanto, a ELm do tratamento CAR
negativo/sol não diferiu do tratamento CAR negativo/sombra (83,8 kcal/kg PC0,75/dia) que por sua vez, não diferiu de outros tratamentos (P > 0,05). Podemos concluir que o ambiente térmico pode afetar as diferenças nas exigências de energia de mantença entre cordeiros Dorper de CAR negativo e positivo na região semiárida brasileira. Os teores de Ca, P, Mg e S foram avaliados por espectrofotometria. A exigência líquida para ganho de macrominerais variou de 2,089 a 1,853 g/dia de Ca, de 1,088 a 1,041 g/dia de P, de 0,111 a 0,124 g/dia de Mg, e de 0,202 a 0,190 g/dia de S, para ovinos Dorper em região tropical com GMD de 0,2 kg e 20 ou 40 kg de PC, respectivamente. Não houve diferença nas exigências de macrominerais (Ca, P, Mg e S) para ganho em ovinos Dorper, independente do consumo alimentar residual e do ambiente de confinamento. As imagens termográficas foram obtidas individualmente dos animais para determinação da temperatura superficial média (TSM). Foi analisada a correlação entre produção de calor total; produção de calor em jejum; incremento calórico; consumo de energia metabolizável e consumo de energia líquida de ganho com a temperatura superficial média. É possível utilizar a temperatura superficial média por meio da termografia infravermelha para estimar a produção de calor em jejum e incremento calórico em ovinos da raça Dorper em confinamento.