Introdução: A educação permanente em enfermagem, além de ser uma das estratégias do SUS para formação e desenvolvimento dos trabalhadores, possibilita às organizações de saúde resultados estratégicos, uma vez que as mesmas evoluem na mesma medida que seus colaboradores se desenvolvem. Para a eficácia dos processos de aprendizagem e consequentes resultados positivos, a utilização de metodologias ativas é fundamental, e dentre estas, o ensino híbrido aponta como uma possibilidade para facilitar a eficiência e participação em treinamentos corporativos, portanto esta pesquisa teve como objetivo: analisar a experiência de um curso sobre evolução de enfermagem, realizado no formato de ensino híbrido e sua contribuição para a educação permanente em saúde. Método: estudo de campo e documental, descritivo e exploratório, com abordagem quanti-qualitativa utilizando tanto a triangulação de métodos, quanto a de dados, sobre uma capacitação desenvolvida em formato de ensino híbrido referente a uma das etapas do processo de enfermagem, denominada “evolução de enfermagem” realizada em um hospital privado. A coleta de dados ocorreu em três fases, sendo a primeira: análise documental dos indicadores do setor de Educação Continuada do Hospital pesquisado, tratados quantitativamente. Enquanto que na segunda fase, foram realizadas entrevistas com os enfermeiros participantes da pesquisa por meio de um questionário estruturado, além da avaliação dos seus gestores imediatos por meio de um roteiro, ambos, a serem tratados de acordo com a técnica de “análise de conteúdo” na modalidade temática. Na terceira fase foi realizada a triangulação dos dados de forma a obter uma avaliação completa e integrada dos resultados do desempenho dos participantes. Da análise de conteúdo emergiram 63 unidades de contexto, e dessas, extraídas 28 unidades de registro de acordo com os quatro núcleos temáticos estabelecidos: 1) Relação das capacitações no desenvolvimento profissional; 2) Desenvolvimento de competências; 3) Experiência com o ensino híbrido e 4) Desempenho profissional. Desses núcleos temáticos foram definidas as categorias de análise, sendo estas: C1 – Processo de ensino e de aprendizagem no trabalho; C2 – Possibilidades do ensino híbrido no ambiente corporativo; C3 – Contribuições da Educação Permanente; e C4 – Competências desenvolvidas. Conclusão: O desenvolvimento da aprendizagem se mostrou eficaz, sendo evidenciada a curto, médio e longo prazo, resultando assim, na transformação das práticas, melhoria de indicadores assistenciais e consequentemente contribuindo para o crescimento profissional, organizacional e da qualidade na assistência ao paciente. As melhorias identificadas foram relacionadas às competências de gerenciamento de riscos assistenciais, tomada de decisão, raciocínio clínico, administração e gerenciamento de tempo. Comprovando assim que o ensino híbrido é capaz de desenvolver competências e melhorar o desempenho profissional, embora não seja a solução de todos os entraves para que a Educação Permanente em Saúde ocorra em sua essência.