A eficiência reprodutiva do rebanho tem destaque para o incremento produtivo na produção de bovinos de corte, sendo responsável pelo número de animais que estarão disponíveis para comercialização e/ou terminação. Tem-se assim aumento da pressão de seleção das matrizes do plantel e da taxa de desfrute da propriedade. Sendo que o maior entrave para a eficiência reprodutiva consiste na obtenção da repetição de cria de matrizes, principalmente de primíparas, por apresentarem variações de peso vivo e escore de condição corporal durante sua vida reprodutiva. O objetivo deste estudo foi de avaliar o peso vivo e escore de condição corporal, medido em diferentes fases de crescimento, sobre a repetição de cria de vacas com diferentes grupos contemporâneos e genéticos. Foram avaliadas fêmeas bi-cross Nelore com Charolês nascidas entre os anos de 2004 e 2010. As novilhas ingressam no processo reprodutivo com idade média de 26 meses todas oriundas do mesmo rebanho e que receberam idêntico manejo desde o nascimento. O manejo alimentar consistiu sobre base forrageira do campo nativo, sendo somente utilizadas forrageiras cultivadas no primeiro verão e inverno. A estação de monta das fêmeas consistiu em 90 dias, sendo os primeiros 45 dias destinados à inseminação artificial e os outros 45 dias monta natural. Utilizou-se da base de dados às mensurações da fêmea em diferentes momentos, no pré e pós-partos. Os dados/grupos foram submetidos à análise de variância e teste F, pelo PROC GLM e as médias, comparadas através do teste ``t´´ de Student, a α=0,05 de probabilidade. Fêmeas com predominância genética Nelore apresentam diferença significativa (P<0,05) para o peso vivo, em idades semelhantes, em relação a fêmeas de predominância genética Charolês. O maior do peso vivo da novilha aos 24 meses proporciona que o parto ocorra antecipadamente dentro da primeira estação de parição (r=-0,30; P=0,0038). Primíparas que repetiram cria apresentaram maior peso vivo ao desmame (361 kg vs. 333 kg; P=0,0262) das que não repetiram cria, ainda que houvesse peso vivo ao parto semelhante entre si (344 kg vs. 332 kg; P=0,1512). Animais com predominância genética Nelore demonstraram comportamentos diferentes, quando pariram com escore de condição corporal semelhantes (2,40 pt e 2,49 pt; P>0,05) e apresentaram ganho de peso vivo do parto ao desmame negativo (-3,0 kg e -2,1 kg; P>0,05), não obtendo sucesso quando apresentaram menores peso vivo ao parto (358 kg vs. 399 kg; P<0,05) e desmame (355 kg vs. 397 kg; P<0,05). Primíparas que parem com o mesmo escore de condição corporal são dependentes do ganho de peso vivo positivo até o final da estação de monta seguinte, principalmente no período parto-desmame. Vacas que possuem o parto antecipado dentro da estação de parição possuem maiores condições de repetirem cria, sendo que multíparas apresentam vantagem em relação à primíparas por apresentarem a estrutura corporal mais desenvolvida conforme a idade.