Objetivou-se verificar se os princípios da educação a distância e da teoria andragógica estão sendo aplicados em curso de pós-graduação lato sensu em gestão em saúde, na modalidade a distancia online, desenvolvido pela UECE em parceria com a CAPES, SEED/MEC, ENAP e Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quanti-qualitativa. Optou-se por uma amostragem não probabilística escolhida de acordo com os objetivos do estudo. Este ensaio contou com o preenchimento de 82 questionários, representando um total de 68,33% da população. A coleta de dados teve início no dia 5 de julho de 2013 e encerramento no dia 5 de setembro de 2013. A primeira parte do questionário foi elaborada pela autora com questões objetivas referentes aos dados de identificação e profissionais dos alunos; a segunda parte abordou itens sobre os princípios da educação a distancia, também foram elaborados pela autora; e a terceira parte, conteve uma sessão adaptada de um questionário criado e validado por Wilson (2005). Os dados foram organizados em tabelas/gráficos e os cruzamentos foram feitos por meio do software estatístico Excel. Para analisar os itens com a escala de Likert, foi utilizado o cálculo do Ranking Médio. Dentre as técnicas qualitativas, optou-se pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Após a análise dos resultados, observou-se que a maioria dos participantes do estudo demonstram satisfação com relação aos princípios da EaD. Quando questionados, porém, sobre sugestões para a melhoria do curso reforçaram a importância do material impresso, bem como a organização e funcionamento do AVA. Questionaram o baixo grau de interação dos alunos e sugeriram estratégias para a melhoria, como, por exemplo, o emprego da comunicação síncrona. Relataram necessidade de melhorias na interação tutor e aluno, bem como no papel pedagógico do tutor. Além disso, sugeriram estratégias para melhoria da autoaprendizagem e a necessidade de seleção dos alunos com perfil para a EaD. O instrumento referente aos princípios andragógicos utilizados possibilitou encontrar uma percepção satisfatória dos alunos quanto à sua aplicação. Existem, porém, questionamentos quanto ao entendimento dos itens, já que poucos alunos trabalham diretamente na gestão em saúde e os itens do instrumento associam a aplicação imediata dos conhecimentos adquiridos à motivação. Por fim, em razão dos resultados expressados neste estudo, cabe lembrar que não se deve esperar uma transformação radical e abrupta da educação permanente em saúde. O caminho da mudança deverá se constituir com a capacitação dos envolvidos, para que haja uma transição, cada vez maior, de um modelo em decadência a outro que se revela mais enriquecedor e coerente com as atuais demandas da sociedade. Finalmente, espera-se que esta pesquisa possa contribuir para a compreensão do uso da andragogia no campo EaD e, desta maneira, colaborar para a qualidade do ensino na saúde.