As relações entre contagem folicular antral (CFA), população folicular pré-antral, raça (Brahman e Simental), morfometria da genitália, progressão meiótica e contagem de células embrionárias em vacas foram analisadas. Classes de contagem folicular antral (alta: ≥50; intermediária: 30-49 e baixa: <30) e volume ovariano (VO) grande >11mm³, média: > 8 e ≤ 11 mm³ e pequena: ≤ 8 mm³) foram usadas para ovários de abatedouro com predominância Bos indicus. CFA e classe de largura vulvar (LV) foram definidas separadamente para Brahman e Simental. CFA alta (≥50 e ≥25), intermediária (30–49 e 16-24) e baixa (<30 e ≤15); LV grande (> 123mm e 80 mm), média (> 102mm e ≤ 123mm; > 65mm e ≤ 80mm) e pequena (≤ 102mm e ≤ 65mm) para Brahman e Simental. Os dados foram analisados usando procedimentos (REG, GLM e GLIMMIX) do SAS® (SAS, Cary, NC- EUA). Houve correlação positiva (P<0,05) entre CFA e o número de folículos primordiais (r=0,90) e secundários normais (r=0,53). Os números de oócitos grau I, II e viáveis foram maiores na classe de CFA alta (7,86±0,6; 4,02±0,39 e 16,26±1,11, respectivamente) comparada a intermediária (4,85±0,67; 2,76±0,43 e 13,05±1,23) e baixa (3,27±0,73; 1,24±0,47 e 8,07±1,34, respectivamente). A média de CFA total foi maior (P<0,05) na classe VO grande (58,50±3,94) comparada às classes média (45,39±4,0) e pequena (31,62±3,94). As médias de oócitos grau I e viáveis foram maiores (P<0,05) na VO grande (6,69±0,72 e 16,12±1,29) e média (6,22±0,74 e 15,03±1,31) comparada à pequena (3,72±0,72 e 9,37±1,29). Vacas Brahman tiveram maior (P<0,05) CFA (41,46±2,53 versus 23,27±3,19) e LV (109,41±1,01mm versus 72,29±1,01mm) que vacas Simental. A CFA na classe LV grande (44,29±0,87) foi superior (P<0,001) comparada às demais classes de LV (média: 35,86±0,75 e pequena: 27,46±0,69). O número de oócitos viáveis (17,23±0,41 e 12,15±0,46), total de embriões (6,89±0,26 e 2,50±0,21), eficiência de produção de embriões (38,37±0,62 e 22,43±0,62), taxa de prenhez (38,40±0,83 e 29,67±0,91) e a eficiência de oócitos viáveis em relação à prenhez (12,61±0,48 e 8,84±0,52) foram maiores (P<0,05) na raça Brahman comparada à Simental. A proporção de oócitos em metáfase II na classe CFA alta (81,20%) foi superior (P<0,0001) comparada às classes de CFA intermediária (62,50%) e baixa (41,51%). A proporção de oócitos em metáfase I, telófase I e anáfase I na classe de CFA intermediária (26,04%) foi superior (P<0,05) às classes de CFA alta (8,55%) e baixa (14,15%). O percentual de oócitos em quebra da vesícula germinativa na classe de CFA baixa (32,08%) foi maior (P<0,0001) que às classes de CFA alta (5,98%) e intermediária (8,33%). O número médio de embriões na classe de CFA alta (188,37±1,320) foi superior (P<0,0001) comparado às classes de CFA intermediária (137,97±1,32) e baixa (110,33±1,32). Conclui-se que a contagem folicular antral, volume ovariano e largura vulvar são características que podem predizer oócitos recuperados, progressão meiótica, produção in vitro de embriões e contagem de células embrionárias, dentro das condições experimentais presentes e podem ser consideradas em programas de seleção de fertilidade.