A etapa da larvicultura é considerada uma das fases mais críticas na produção de peixes, sendo necessário o desenvolvimento de manejos adequados para que se tenha sucesso na produção de peixes. Com a intensificação, a larvicultura pode ser acometida por doenças e parasitoses decorrentes de baixa qualidade da água, além de estresse dos animais deixando-os mais susceptíveis à elas. Os parasitos têm importância na piscicultura por causar prejuízos econômicos aos produtores, pois podem causar baixo desempenho ou até mesmo mortalidades. Existem tratamentos profiláticos e terapêuticos com produtos químicos que são realizados por meio de banhos de imersão. Entre os mais utilizados se destaca o formol que se demonstra eficaz na profilaxia e tratamento de ectoparasitas. Porém, é necessária a realização de testes de toxicidade que mostrarão a dose ideal que não prejudique o desenvolvimento do animal, podendo essa ser espécie-específica, e ser influenciada, também, por fatores como idade e sexo. O objetivo deste estudo avaliar a toxicidade aguda, alterações patológicas e nível de segurança terapêutica do formol em larvas e juvenis de Lophiosilurus alexandri. Foram realizados três experimentos em diferentes idades. Experimento 1, larvas com peso médio de 0,021 ± 0,003 g foram submetidas às concentrações 43,2; 86,4; 172,8; 345,6; 691,2 e 1404,0 mg L-1 de formol, além do controle (sem adição de formol). No experimento 2, juvenis com peso médio de 0,23 ± 0,03 g foram submetidos a concentrações de 54,0; 108,0; 216,0; 432,0 e 648,0 mg L-1 de formol mais o controle. Já, no experimento 3, juvenis pensando em média 3,75 ± 0,81 g foram submetidos as concentrações 86,4; 172,8; 345,6; 691,2 e 1036,8 mg L-1 de formol e controle. As CL50 de 12 horas para experimento 1 foi de 108,86 mg L-1 com intervalo de confiança (IC) entre 99,06 a 119,63 mg L-1, no experimento 2 foi de 152,74 mg L-1 com IC entre 142,62 - 156,18 mg L-1 e para o experimento 3, 244,38 mg L-1 e IC entre 224,37 - 251,23 mg L-1 de formol. Os juvenis expostos a concentrações crescentes de formol apresentaram alterações patológicas graves nas brânquias, dentre elas, hiperplasias das lamelas secundárias, desprendimento do epitélio, início de fusão lamelar e telangiectasias. Pode-se verificar que animais do experimento 2 sofreram mais alterações nas brânquias quando comparados aos animais do experimento 3. Conclui-se que a idade e estágio de desenvolvimento influencia na sensibilidade dos animais em relação à exposição do formol.