O presente trabalho foi realizado com os seguintes objetivos: avaliar o efeito de dois métodos de castração (CC – castrados cirurgicamente e IM - imunocastrados), sobre o desempenho zootécnico e econômico de suínos machos criados até 158 ou 172 dias de idade; e avaliar uma estratégia nutricional, desenvolvida com auxilio de modelagem dinâmica integrada usando a ferramenta InraPorc®, para suínos machos CC e IM criados até 172 dias sob alimentação à vontade. Foram utilizadas três baias de 20 suínos de cada grupo. Os CC foram castrados até os 5 dias de idade, e os IM receberam duas doses de Vivax®, aos 98 e 126 dias de idade. No período desde o alojamento (60 dias de idade) até a liberação para abate dos IM 158 dias de idade, os suínos IM apresentaram melhor conversão alimentar (2,51 vs 2,38, P<0,01) e menor espessura de toucinho (16,35 vs 14,02 mm, P<0,01), mas consumo de alimento, ganho de peso diário e peso final, não foram afetados (P>20). No período acumulado até os 172 dias de idade, não houve diferença entre os métodos de castração para nenhuma dessas variáveis (P>0,14). Usando como referência o grupo CC aos 158 dias, os IM aos 158 dias resultaram em rentabilidade anual 3,8% maior. Já com o aumento da idade até os 172 dias, a rentabilidade anual aumentou em 20% para os CC, e 16% para IM. A calibração do InraPorc® foi muito eficiente para os dois grupos avaliados, com levemente menor precisão para os IM. A estratégia alimentar desenvolvida incluiu mais uma dieta, alterou os momentos de trocas de dietas, e ajustou os balanceamentos de aminoácidos e energia. Estas mudanças resultaram, respectivamente para CC e IM, em redução de 13 e 6% no fornecimento acumulado de lisina, com redução calculada em 27 e 20% na excreção urinária de N, além de redução de 7% no fornecimento de P total, aumento de 2% na retenção de P e redução em 20% na excreção urinária de P, para ambos os métodos de castração. A estratégia alimentar proposta resultou ainda em redução de 6,0 e 4,0% nas despesas calculadas com alimentação para CC e IM, respectivamente. A combinação do aumento da idade de abate e do uso de estratégia nutricional desenvolvida por modelagem multifatorial dinâmica integrada pode resultar em melhoria substancial no rendimento econômico e na eficiência zootécnica.