A suplementação de minerais ligados a moléculas orgânicas influencia o desempenho produtivo e a saúde dos suínos em função da maior biodisponibilidade dos minerais complexados. Com o objetivo de avaliar o papel dos minerais complexados zinco, manganês e cobre para suínos na fase de creche, crescimento e terminação, dois experimentos foram conduzidos. O primeiro teve por objetivo determinar o efeito da suplementação de complexo de minerais orgânicos (metal-aminoácidos) composto por zinco, manganês e cobre (Zn/50ppm; Mn/20ppm e Cu/10ppm - Availa® Sow FF, Zinpro Corp.) no desempenho produtivo e integridade do aparelho locomotor de animais em crescimento e terminação. Um total de 180 animais foi utilizado, 90 fêmeas e 90 machos castrados, com 62 dias de idade, delineados em blocos casualizados, esquema fatorial, com dez repetições por tratamento e sexo. O desenho experimental foi composto por dois tratamentos, sendo T1 (Controle), animais que não receberam suplementação de mineirais orgânicos e T2 (Tratamento), os animais que foram suplementados com minerais orgânicos (0,75g/kg). No dia 112º (D12) os suínos foram submetidos à avaliação de casco, no D115 foram pesados e no D117 foram abatidos. Após á desossa, análise foi realizada nos côndilos mediais e laterais da porção distal do úmero. Os animais de T2 apresentaram melhor desempenho para os parâmetros zootécnicos: peso final (P=0,0311), ganho de peso (GP) (P=0,0211) e ganho de peso diário (GPD) (P=0.0211). Com relação ao GP, T2 apresentou 3,10 kg a mais em comparação ao controle, sendo que nas fêmeas o aumento foi de 4,07 kg em média e, nos machos de 2,45 kg. A prevalência de lesões de casco foi de 100% e a suplementação reduziu a incidência de lesões na unha acessória (P=0,0200) e rachadura no talão-sola (P=0,0235). A incidência de osteocondrose foi 19,13%, sem influência da suplementação. A inclusão de minerais c Zn, Mn e Cu durante a fase de terminação melhora o peso final, GP, GPD e integridade do casco. No segundo experimento o objetivo foi avaliar o efeito da suplementação de cobre orgânico (Cu-metionina) na dieta de leitões em substituição ao sulfato de cobre (CuSO4), sobre o desempenho produtivo, estresse oxidativo e excreção ambiental no período de creche. Foram alojados 96 machos não castrados, com 21 dias de vida e peso médio de 6 kg, distribuídos em 48 gaiolas experimentais suspensas, providas de comedouro e bebedouro. Os tratamentos avaliados foram T1: 10ppm de CuSO4; T2: T1 + 25ppm de Cu orgânico; T3: T1 + 50ppm de Cu orgânico; T4: T1 + 75ppm de Cu orgânico; T5: T1 + 100ppm de Cu orgânico e T6: T1 + 150ppm de CuSO4. As médias de peso (P), consumo de ração (CR), ganho de peso (GP), ganho de peso diário (GPD) e conversão alimentar (CA) foram mensurados semanalmente. Foram coletadas amostras de sangue aos 0, 20 e 40 dias para análise do estresse oxidativo (EO) e fezes coletadas ao final do teste para análise de excreção de Cu. Não houve efeito para nenhuma variável de desempenho no período total (p>0,05) entre tratamentos, contudo algumas diferenças foram observadas na análise de interação (tratamento x tempo) para as variáveis CR e CA na segunda (P=0,0084 para CA), terceira (P=0,0059 e 0,0066) e quarta semana (P=0,0081 e 0,0078). Houve efeito linear ascendente (P=0,0041) do nível de inclusão de Cu sobre a excreção deste mineral nas fezes, independente da fonte de suplementação. Não houve diferença entre os tratamentos quanto ao escore de fezes dos leitões e quanto ao EO. Conclui-se que nas condições experimentais o aumento dos níveis de adição de Cu na dieta, quer seja na forma de sulfato ou na forma orgânica, não melhora o desempenho zootécnico, mas aumenta a excreção deste elemento nas fezes.