Objetivou-se avaliar o consumo, a digestibilidade, o comportamento ingestivo, o desempenho produtivo e a viabilidade econômica de novilhos mestiços em fase de recria, submetidos a diferentes estratégias de suplementação durante as estações chuvosa e seca, na região sudoeste da Bahia. O experimento foi conduzido na fazenda Princesa do Mateiro, Ribeirão do Largo-BA, no período de março de 2015 e janeiro de 2016, compreendendo as estações chuvosa (112 dias) e seca (203 dias), totalizando 315 dias, que foram precedidos de 14 dias correspondentes ao período de adaptação dos animais ao manejo e às dietas experimentais em ambas estações. Foram utilizados 33 novilhos mestiços, imunocastrados, com peso corporal médio de 203 ± 39,48 kg e 12 meses de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e onze repetições por tratamento. Foram adotadas três estratégias de suplementação, sendo: (E1) suplemento mineral (chuvosa) e sal nitrogenado (seca); (E2) sal nitrogenado (chuvosa) e suplemento proteico 0,1 % do peso corporal (seca); (E3) suplemento proteico 0,1 % do peso corporal (chuvosa) e suplemento proteico 0,2 % do peso corporal (seca). Os resultados foram analisados estatisticamente por análises de variância e teste de tukey, a 5% de probabilidade de erro. Os consumos de matéria seca total da forragem, da fibra em detergente neutro (kg.dia-1 e % PC), de matéria orgânica, carboidratos não fibrosos corrigidos para cinzas e proteína e carboidratos totais não foram influenciados (P>0,05) pelas estratégias de suplementação avaliadas durante as estações (chuvosa e seca). Os consumos de proteína bruta (em ambas estações), extrato etéreo e nutrientes digestíveis totais na estação seca (kg.dia-1) foram influenciados pelas estratégias de suplementação (P< 0,05). Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, carboidratos totais (estação chuvosa e seca), fibra em detergente neutro corrigido para cinzas, extrato etéreo, carboidratos não fibrosos corrigidos para cinzas, e a proteína bruta foram influenciados (P<0,05) pelas estratégias de suplementação durante a estação chuvosa. O desempenho dos animais, a conversão e a eficiência alimentar não apresentaram diferença (P>0,05) para estratégias de suplementação avaliadas (chuvosa e seca). Os tempos despendidos nas atividades de pastejo, ruminação, cocho e ócio, bem como os tempos de alimentação total e de mastigação total foram influenciados (P<0,05) pelas estratégias de suplementação durante a estação chuvosa, sendo que, quando avaliados durante a estação seca, apenas o tempo de ruminação e tempo de alimentação total não foram influenciados (P>0,05) pelas estratégias de suplementação. O número de períodos em ruminação, se alimentando no cocho; o tempo por período em ruminação, se alimentando no cocho, o número de bocados por deglutição, a taxa de bocado(estação chuvosa e seca) número de períodos em pastejo, em ócio; o tempo de ruminação por bolo, o número de mastigações por bolo ruminado, o número de bolos ruminados por dia foram influenciados pelas estratégias de suplementação (P<0,05) durante a estação chuvosa, enquanto que o número de período em ócio, o tempo por período em pastejo, número de bocados por dia (chuvosa e seca) e o tempo de bocado não foram influenciados (P>0,05) durante a estação chuvosa. Por outro lado, o tempo de ruminação por bolo, número de mastigações por bolo ruminado, número de bolos ruminados por dia não foram influenciados pelas estratégias de suplementação (P>0,05) durante a estação seca. A eficiência de alimentação e de ruminação para a matéria seca foram influenciadas (P<0,05) pelas estratégias de suplementação em ambas estações. A eficiência de alimentação da fibra em detergente neutro não apresentou diferença (P>0,05) no período chuvoso, no entanto, quando avaliada durante a estação seca, foi influenciada pelas estratégias de suplementação (P<0,05). A eficiência de ruminação da fibra em detergente neutro apresentou diferença (P<0,05) durante a estação chuvosa, mais quando avaliada durante a estação seca não houve diferença (P<0,05) entre as estratégias de suplementação. Com relação à avaliação econômica, de modo geral, todas as estratégias avaliadas apresentaram resultados satisfatórios ao longo do experimento, no entanto, a estratégia de suplementação de baixo plano nutricional (E1) apresentou uma maior atratividade de investimento em função dos maiores resultados de retorno financeiro, caracterizando-a uma ferramenta para melhorar o cenário da pecuária de corte através da redução dos custos e, consequentemente, aumento no retorno de capital investido no sistema.