Apesar de sua relevância, a Educação Ambiental formal ainda é praticada de forma limitada, inclusive no que se refere a sua inserção como prática pedagógica no ensino médio. Neste estudo, enfatizamos a Educação Ambiental através da Pedagogia de Projetos. De modo geral, objetivamos analisar a contribuição da prática de ensino da Educação Ambiental através de projetos realizados numa escola de Ensino Médio em Pau dos Ferros – RN. De maneira
específica, elegemos como objetivos: a) identificar a percepção do professor sobre a metodologia de ensino por meio de projetos; b) refletir sobre as dificuldades que o professor identifica no desenvolvimento da metodologia de projeto para o ensino da Educação Ambiental; e c) analisar a percepção do docente com relação ao envolvimento e participação dos alunos durante o desenvolvimento dos projetos. A discussão teórica baseia-se nos estudos sobre
Educação Ambiental formulados por Dias (1994), Saito (2013), Carvalho (2008), Tozzoni-Reis (2006), Leme (2012), Charlot (1976). Além desses autores também nos apoiamos nas contribuições de Dewey (1967), Hernandez (1998), Freire (1996, 1998), Oliveira (2006), Moura e Barbosa (2006) e em documentos oficiais como a Constituição Federal (1988), Política Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999), Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, 1999), Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2006), dentre outros. O trabalho foi realizado por meio da pesquisa-ação que se efetivou através de planejamento, execução e avaliação conjunta com um docente da escola-campo de pesquisa, tendo como estratégia a intervenção com base na ação-reflexão da prática vivenciada. Optamos pela abordagem qualitativa em que não se prioriza somente os resultados, mas o desenvolvimento dos procedimentos adotados e seus significados, em cada etapa da pesquisa. Utilizamos alguns instrumentos, tais como: observação não-participante durante a fase exploratória de reconhecimento do local e das ações desenvolvidas pelos sujeitos, observação participante durante a intervenção/oficinas, o planejamento, a realização da proposta de intervenção e a entrevista episódica, ao término do processo. Após a realização da pesquisa, concluímos que a formação de educadores ambientais se evidencia não somente pela formação inicial, mas também, por aspectos de compreensão do mundo, tendo na formação continuada uma ferramenta para preenchimento das lacunas da formação inicial. A sobrecarga do trabalho docente aparece como dificultador no que se refere ao planejamento e execução de ações inovadoras e contextualizadas que despertem interesse nos discentes. A continuação de projetos aparece como fragilidade a ser superada, necessitando de um planejamento bem articulado com toda a comunidade escolar.