A suplementação de vacas leiteiras com Monensina (MON) pode interagir com a composição da dieta. Foi avaliada a resposta de vacas em lactação à suplementação com monensina em dietas diferindo na capacidade acidogênica ruminal. Vinte e oito vacas da raça Holandês (157 ± 76 DEL) foram alimentadas, individualmente, em tie stall com uma dieta de padronização por 3 semanas e, em seguida, foi fornecido o tratamento monensina (MON 300 mg/d) ou controle (CTL) por 9 semanas, em um delineamento de blocos ao acaso ajustados para covariável. Foi oferecida, à partir do 1º ao 35º dia, uma dieta pouco acidogênica (LOW - 25,8% amido MS) e uma dieta muito acidogênica (HIGH - 30% amido MS) do 36º ao 63º dia. HIGH foi formulada substituindo o caroço de algodão e milho maduro finamente moído por uma mistura iso-nitrogênio de farelo de soja e milho maduro finamente moído reidratado e ensilado. Os dados foram coletados diariamente ou após adaptação à LOW e HIGH e foram analisados como medidas repetidas. O quadrado médio para a vaca aninhada dentro do tratamento foi o termo do erro para o efeito do tratamento. O consumo de MO digestível (CMOD) aumentou na dieta HIGH (14,7 vs. 14,3 kg/d) e reduziu com a suplementação de MON (14,2 vs. 15,2 kg/d). A produção de leite não foi afetada pela MON (32,3 kg/d). A MON reduziu CMS e aumentou a eficiência Leite/CMS, LCE/CMS e LCE/CMOD apenas na dieta HIGH. A concentração de glicose plasmática aumentou com MON e a resposta interagiu de maneira semelhante semana/dieta. A MON reduziu a proporção A/P no fluido ruminal em ambas as dietas (2,43 vs. 1,81). A dieta HIGH reduziu o pH ruminal, aumentou o D-lactato plasmático e reduziu com a MON em ambas as dietas. A HIGH aumentou a concentração de protozoários. A MON reduziu a digestibilidade da FDN, no trato total, mais na dieta LOW (52,1 vs. 41,3% consumo) do que na dieta HIGH (57,0 vs. 52,0% consumo). A excreção relativa diária de alantoína na urinária não foi afetada pela MON, nem NUP em 0, 1,5 e 3 h após a alimentação. A MON induziu menor seleção de partículas longas e os animais tiveram preferência por ingestão de partículas curtas, à tarde, comparada ao CTL. A duração e o intervalo das refeições foram reduzidos pela MON apenas quando HIGH foi alimentada. A HIGH tendeu reduzir o pH no sangue e aumentou as concentrações e as produções dos ácidos graxos (AG) de cadeia curta, e reduziu as concentrações dos AG de cadeia longa no leite. A MON não afetou as concentrações e as produções dos AG de cadeia curta, média e longa no leite, mas reduziu as produções dos AG de cadeia ímpar e ramificada (C15:0 iso + C17:0 iso) na gordura do leite. O efeito positivo da MON sobre a eficiência alimentar ocorreu apenas quando a capacidade acidogênica ruminal da dieta foi aumentada.