Os bichos-preguiça são mamíferos de muitas peculiaridades morfofisiológicas. Neste contexto, realizou-se o estudo das características e ramificações principais do arco aórtico e artéria aorta descendente, na espécie Bradypus variegatus. Para tal, foram utilizados dez animais adultos sendo, uma fêmea e três machos submetidos à dissecação, dos quais obteve-se medidas de diâmetro e comprimento dos vasos, enquanto que três fêmeas e três machos destinaram-se à técnica de raio-x digital com contraste. Constatou-se uma sintopia uniforme do arco, bem como, da artéria aorta descendente. Todavia, a topografia mostrou-se bem variável. Com base nos ramos aórticos, para àqueles torácicos, percebeu-se, uma maior variação nos originados do arco e dos que emergem da artéria aorta torácica e irrigam estruturas medianas e do antímero direito do tórax. Sendo encontrados valores maiores para o diâmetro dos vasos na fêmea do que nos machos. E valores correspondentes para comprimento da artéria aorta torácica, assim como acontece na artéria aorta abdominal, entretanto, nesta, o diâmetro, tanto inicial quanto final é maior na fêmea. Com relação aos ramos aórticos abdominais, foram observadas variações, sobretudo, quanto à origem do tronco celíaco, suas ramificações, artéria mesentérica cranial, artérias gonadais, artéria mesentérica caudal e artérias lombares dorsais. Em contrapartida, as artérias, frênica, renais e ilíacas externas mostraram-se uniformes entre os espécimes, exceto nos casos onde há duplicidade da artéria renal esquerda. A artéria aorta emite três ramos terminais, as artérias. ilíacas internas e artéria sacral mediana. O diâmetro dos vasos provenientes da artéria aorta abdominal não apresentou grande discrepância entre os sexos. Mediante a caracterização dos ramos aórticos nas preguiças, pode-se afirmar que sofrem variações em relação a outras espécies, sejam elas domésticas ou silvestres.