O objetivo deste estudo foi determinar o efeito de soluções ativadoras com diferentes osmolalidades, com ou sem íons, na qualidade espermática do sêmen criopreservado de Brycon insignis. O sêmen de 8 machos foi coletado após tratamento hormonal com extrato de hipófise de carpa. Após a coleta, o sêmen foi criopreservado utilizando metilglicol como crioprotetor e uma solução de BTS® como diluidor. O sêmen diluído foi envasado em palhetas de 0,5 mL, que foram congeladas em botijão de vapor de nitrogênio (dryshipper) e armazenadas em botijão de nitrogênio líquido. Após cinco anos, as palhetas foram descongeladas em banho-maria a 60°C por 8 segundos. No experimento 1, 11 soluções foram preparadas utilizando água osmose reversa (~ 0 mOsm/Kg) e glicose ou NaCl ajustadas as seguintes osmolalidades: 50, 100, 150, 200 e 250 mOsm/Kg. No experimento 2, 6 soluções foram preparadas utilizando água osmose reversa e NaHCO3, citrato de sódio (Na3C6H5O7), NaCl, KCl, CaCl2 ou glicose (controle não iônico), ajutadas a ~ 98 mOsm/Kg. Os parâmetros de taxa de motilidade, velocidade curvilínea (VCL), velocidade retilínea (VSL), velocidade média de percurso (VAP) e frequência de batimento flagelar cruzado (BCF) do sêmen após o descongelamento foram determinados utilizando o sistema computadorizado de análise de sêmen (CASA). Maiores taxas de motilidade e velocidades foram observadas em amostras ativadas nas soluções de NaCl e glicose em osmolalidades de 0 a 200 mOsm/Kg, se comparadas com as amostras ativadas nas soluções de 250 mOsm/Kg e não foram observadas diferenças estatísticas entre as soluções de NaCl e glicose dentro da mesma osmolalidade. As amostras ativadas em NaHCO3, citrato de sódio, NaCl, KCl e glicose apresentaram as maiores taxas de motilidade, se comparada às amostras ativadas em CaCl2. Maiores velocidades curvilineares foram observadas em amostras ativadas em NaHCO3, citrato de sódio, KCl e glicose, quando comparadas às amostras ativadas em CaCl2. As amostras ativadas em NaCl apresentaram valores intermediários para VCL. O sêmen criopreservado de B. insignis pode ser ativado em soluções iônicas ou não iônicas com osmolalidades de 0 a 200 mOsm/Kg, entretanto a solução de CaCl2 deve ser evitada.