Em 2050 no Brasil haverá um excedente de aproximadamente 7 milhões de
mulheres em relação aos homens entre sexagenários. A menopausa é uma característica
particular das mulheres, e ocorre quando não há mais produção dos hormônios ovarianos.
Este fato causa alterações metabólicas, físicas, psicológicas e sensoriais que quando
associadas à obesidade e ao sedentarismo, pode piorar a percepção da qualidade de vida. Para
contrapor essas alterações, a prática de exercício de força e aeróbio e ações no âmbito
nutricional e psicológico podem auxiliar na melhora das condições gerais de saúde e
qualidade de vida desta população, no entanto, poucos estudos tem associado o exercício
concorrente (força e aeróbio na mesma sessão) a orientações nutricionais e acompanhamento
psicológico com este intuito. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo verificar os efeitos
do exercício físico sobre a força e qualidade de vida de mulheres pós-menopausadas e obesas
participantes de um programa de ações interdisciplinares de saúde. MÉTODOS: O presente
estudo realizou doze semanas de intervenção, no qual o grupo exercício físico interdisciplinar
(GEFI) praticou exercício de força e aeróbio associado à orientação nutricional e
acompanhamento psicológico. O grupo interdisciplinar (GI) obteve orientação nutricional e
acompanhamento psicológico. Antes e após as intervenções foram avaliados parâmetros
antropométricos, composição corporal, nível de atividade física, força muscular no
dinamômetro isocinético e na musculação, capacidade aeróbia, distância no teste de
caminhada de 6 minutos, recordatório alimentar 24 horas, depressão, ansiedade e qualidade de
vida. Para análise dos resultados foram utilizados os testes adequados. RESULTADOS: O
GEFI melhorou estatisticamente a força muscular no isocinético e na musculação, VO2 % do
previsto, DTC6, escores de depressão no BDI, domínios CF, EGS, VIT, AS e MÉDIA do SF-36.
O GI diminuiu a circunferência de quadril, gordura corporal (%), e melhorou os domínios
EGS, VIT, SM e MÉDIA do SF-36. CONCLUSÃO: A hipótese deste estudo foi confirmada
parcialmente, na medida em que o grupo que não executou o exercício físico também obteve
benefícios importantes em variáveis que não as mesmas do GEFI. No entanto fica evidente a
importância do exercício físico como um importante componente em um programa de
intervenção interdisciplinar, especificamente relacionado a aptidões físicas.