O objetivo do presente trabalho foi diagnosticar a presença de nematódeos gastrintestinais e pulmonares encontrados em bovinos nativos da raça Curraleiro Pé-Duro comparando com raças melhoradas Nelore e Guzerá da mesorregião do Oeste Maranhense, considerando período seco (PS) e chuvoso (PC)e bromatologia de espécies forrageiras, nos anos de 2015 a 2016, foram realizados exames coproparasitológicos e bromatológicos em duas propriedades (A e B), em sistema de criação extensivo e semiextensivo. A frequência parasitária separada por raça foi em bovino Nelore (P.S= 60%; 47,61%; 33,33%) (P.C= 9,52%); a raça Curraleiro Pé-Duro (P.C= 7,22%; 1,88%)(P.S= 6,89%; 7,5%; 11,53%) e a raça Guzerá (P.C= 12,5%;6,06%). No período em que só a raça Curraleiro foi examinada (abr/2015) sem coabitação com outras raças melhoradas o OPG foi zero. Em jul/2015 os Curraleiros apresentaram 400 OPG, no PC em nov/2015 e abr/2016 apresentaram 1.500 OPG.No PS em ago/2016os bovinos da raça Nelore apresentaram carga parasitária elevada – 5.200 OPG, duas larvas infectantes (L3) e uma larva de Dictyocaulus viviparus, seguidos de Curraleiro 1.300 OPG, para Superfamília Strongyloidea. Na bromatologia obtivemos para o capim-massai (1º coleta- PB= 7,1%; FDN=77%; FDA= 43,33% - Período Chuvoso) e capim mombaça (2º coleta - PB= 7,31%; FDN= 66,53%; FDA= 36,60%. 3º coleta- PB=1,9%; FDN= 96,33; FDA= 60,33% - Período Seco).Os Nelores são mais sensíveis e proporcionam a manutenção do parasitismo no ambiente. Os bovinos Guzerá foram mais resistentes às infecções por nematódeos. Os Curraleiros apresentaram resistência parasitária quando criados isoladamente, mas na coabitação com outras raças melhoradas tem infecção moderada de parasitismo. Os bovinos Curraleiro Pé-Durodemonstraram capacidade de resistência às infecções parasitárias, podendo apresentar uma alternativa para programas genéticos como controle de parasitismo, devido sua rusticidade e adaptação ao ambiente com períodos secos bem definidos. Os valores de PB, FDN e FDA estão fora do padrão estabelecido para o consumo de matéria seca e crescimento microbiano, porém diante disso os bovinos Curraleiros Pé-Duro mantiveram o peso acima do estabelecido para o padrão da raça e sem uso de suplementação proteica. Os bovinos da raça Guzerá encontraram-se na média de peso mas com a utilização de suplementação proteica.