A ecofisiologia das espécies florestais é muito importante no que diz respeito à implantação e
manejo de florestas. Um dos fatores de grande importância é o conhecimento da evolução da
área foliar da população e uma forma de obter dados com grande precisão é por meio da medida
direta, a qual pode ser viabilizada com o conhecimento da área foliar específica. As espécies
podem ser classificadas em pioneira, secundária inicial, secundária tardia ou clímax, de acordo
com as características da planta, mas principalmente pelas exigências de luz. Assim, esse
trabalho teve como objetivo mensurar a área foliar específica de seis espécies florestais que
possuem folhas compostas, medida com a folha inteira e com os folíolos destacados,
comparando estatisticamente as diferenças entre as mesmas. As espécies florestais utilizadas
foram Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira), Schinopsis brasiliensis Engl. (braúna),
Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. ex Benth. (Jacarandá-da-Bahia), Chorisia speciosa (paineira),
Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) e Plathymenia reticulata Benth (vinhático). O
experimento foi conduzido no Campo Experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Embrapa Agroecologia – Seropédica, RJ. Cada espécie foi submetida a seis
tratamentos de sombreamento: 0% (pleno sol); 20; 40; 60; 80 e 90% de sombreamento, com a
utilização de “sombrites”. As coletas foram realizadas 305 dias após a semeadura. Em uma das
formas de medida da área foliar específica, os dados foram obtidos de três medidas (repetições)
de 50 folíolos por planta, realizada em seis plantas por tratamento, em um delineamento
inteiramente casualizado. Na outra forma, ou seja, com folha completa, os dados foram obtidos
da medida da área foliar das seis plantas por tratamento, utilizando folhas inteiras. A área foliar
foi obtida com a utilização do instrumento LI-3100C Area Meter. Após a secagem em estufa
até a massa constante. A massa de matéria seca das folhas foi obtida por meio de uma balança
de precisão. Esse processo se repetiu em todas as espécies acima listadas. Para todas as espécies,
os dados indicaram um padrão de resposta semelhante em ambos os métodos de análise,
variando de acordo com os níveis de sombreamento. Essa similaridade dos dados demonstra
que, para essas espécies, não é necessário a utilização de métodos muito complexos para a
obtenção da área foliar específica. Assim, a obtenção da área foliar específica utilizando a folha
inteira fornece resultados estatisticamente iguais em relação àquela obtida utilizando somente
folíolos.