As pesquisas sobre comportamento informacional originaram-se dos estudos de usuários e referem-se ao modo como os indivíduos lidam com a informação. Posteriormente, o comportamento informacional foi subdividido em comportamento de busca da informação, comportamento de busca em sistemas de informação e comportamento de uso da informação. Neste percurso de buscar a informação, o indivíduo pode interagir com sistemas de informação manuais ou sistemas baseados em computador, como por exemplo as bases de dados. A contribuição desses estudos são melhorias nos produtos e serviços informacionais das bibliotecas universitárias, revertidos em benefícios ao grupo estudado. Cada área do conhecimento contempla suas especificidades, sendo a área da saúde um rico ambiente de pesquisa, em virtude de diversas particularidades, tais como: grande fluxo informacional e a velocidade com que as informações são atualizadas. Assim, objetivou-se avaliar o comportamento informacional dos estudantes de Odontologia, frente à busca da informação científica. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa, sendo sua amostra composta por estudantes matriculados no curso de Odontologia, de ambos os sexos, de uma Universidade particular da cidade de Santos. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado, constituído de 23 questões de múltipla escolha. Sua elaboração foi fundamentada em estudos anteriores sobre o comportamento informacional e no modelo revisado de comportamento informacional de Wilson e Walsh. Para sua aplicação, utilizou-se o formato impresso, distribuído pela pesquisadora em sala de aula e preenchido pelos estudantes que concordaram em participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados demonstram que a busca pela informação científica se dá preferencialmente em meio eletrônico, no entanto, quando para a leitura do material o meio impresso ganha preferência. Para a escolha de um documento priorizam-se sua atualidade, língua materna e o reconhecimento do autor na área. Dentre as fontes de informação mais consultadas estão os sites de busca, o material didático online (pasta do professor) e o livro impresso, sendo este, considerado a fonte mais relevante. Os jornais, revistas científicas, teses e dissertações, anais de congresso e os repositórios não são consultados por mais da metade da população deste estudo. Já as bases de dados são pouco conhecidas, sendo os alunos do último ano os que mais as utilizam. Observou-se ainda que os estudantes que mais utilizam as bases são os que mais apresentam dificuldades, tais como: definir qual base utilizar para pesquisar e, posteriormente escolher quais termos de busca utilizar. Nesse contexto, faz-se necessária a inserção de tópicos da competência informacional durante a graduação. Sugerese que isto ocorra desde o início do curso, com o intuito de desenvolver habilidades adequadas referentes ao acesso, avaliação e uso da informação científica, sobretudo no uso das principais bases de dados das ciências da saúde. Deve-se tornar os usuários de informação aprendizes independentes, assim como consolidar a biblioteca universitária como recurso educacional da Universidade.