Objetivo: Analisar o descarte do resíduo de serviço de saúde oftalmológico desde a
origem, seu manuseio, guarda provisória e trajeto deste resíduo até o recolhimento
pela empresa de coleta da prefeitura. Métodos: Foram realizadas pesquisas de
campo com visitas aos ambulatórios, centro de cirurgia oftalmológico e demais áreas
ocupadas pelos serviços do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da
UNIFESP, Campus São Paulo, para entrevistar os responsáveis pelos serviços,
observar o funcionamento e fazer a identificação dos resíduos gerados nos serviços
de saúde, incluindo os resíduos comuns e os recicláveis descartados; analisar os
trajetos e as condições de manejo dos resíduos, dos carrinhos containers e dos
locais de armazenamento provisório na instituição, como se dá a separação antes de
serem levados pela empresa para o destino final. Além disso, foram realizadas
pesquisas bibliográficas e sobre as legislações relacionadas ao tema; pesquisa
documental e análise das plantas arquitetônicas das edificações onde se localizam
os respectivos serviços. Resultados: Após a pesquisa, constatou-se que parte do
resíduo comum e reciclável são descartados como resíduos de serviço de saúde,
resultando em aumento do volume de resíduo infectante com impacto ambiental e
financeiro para a Instituição pelos riscos e alto custo, a ser pago, quando poderia ser
evitado. Conclusão: A urgência de implementação de uma política e plano de
gestão de RSS na Instituição e a possibilidade de implementação de iniciativas nos
serviços, particularmente no Departamento de Oftalmologia da UNIFESP, que pode
servir de referência para outras unidades dessa universidade. Nesse sentido,
enquanto não se tem uma política maior da Instituição, a solução implica
implementar ações para a mudança nos procedimentos e na cultura de descarte dos
resíduos, junto aos profissionais no Departamento e colaboradores, adotar formas
corretas de separação desses, colocar mais recipientes para os diversos tipos de
resíduos e devidamente identificados em pontos específicos, treinar os envolvidos
em cada etapa do processo visando novas condutas para os responsáveis pela
limpeza, transporte e armazenamento provisório e fazer adequações na organização
espacial de equipamentos, acessórios como recipientes de resíduos e nos trajetos
do transporte. Acredita-se que essas ações contribuirão significativamente para a melhora no descarte final, reduzindo o volume de resíduos de serviços de saúde(RSS) e, consequentemente, reduzindo os gastos com empresas que coletam e
tratam esses resíduos.