O consumo de forragem é o fator mais importante, na produção de bovinos de corte manejados a pasto, sendo a base da dieta. Conhecer os fatores que afetam esse parâmetro auxilia a tomada de decisões. O objetivo deste estudo foi quantificar, por meio de uma avaliação meta-analítica, os fatores que afetam o consumo de matéria seca de pasto (CMSp) e total (CMSt) de bovinos em crescimento, em sistemas de produção de bovinos de corte a pasto, em condições tropicais e criar equações que permitissem realizar tal estimativa. O banco de dados foi composto de artigos de revistas classificadas no QUALIS Capes 2014, sendo 39 trabalhos de 9 revistas. Para o modelo de consumo de CMSp e CMSt das unidades experimentais, recebendo suplementação concentrada, foram avaliadas 1270 unidades experimentais, em 118 médias de tratamentos. A suplementação concentrada, ao avaliar o consumo de matéria seca do suplemento (CMSs) e fração não proteica do suplemento (FNPS), exerce efeito substitutivo sobre CMSp (g/kg/animal/dia), sendo mais pronunciada para animais em método de pastejo rotacionado para CMSs com taxa de substituição de 11,6% por kg CMSs; e, no contínuo, de a taxa de 8,1% por kg CMSs e, para FNPS, com taxa de substituição de 24,7% por kg CMSs no rotacionado e, no contínuo de a taxa de 11,4% por kg CMSs. A proteína bruta do pasto (PasPB) exerce efeito quadrático no CMSp, o qual aumenta até 13% de PasPB e depois começa a cair. O método de lotação rotacionado CMSp é maior quando comparado ao método de lotação contínuo. O método de pastejo rotacionado não sofreu influência no CMSs e FNPS afetando o CMSt. Mas o método de pastejo contínuo teve efeitos positivos com o CMSs e FNPS. Houve efeito substitutivo aditivo, pois o CMSt aumentou, mas não foi maior que a quantidade de suplemento ingerida. O aumento no CMSt foi de 5% e 7%, para FNPS e CMSs, respectivamente. Houve efeito quadrático da PasPB no CMSt, com ponto de máximo CMSt a PasPB de 13%. Após esse valor, o CMSt tende a cair. A principal característica que causa a substituição é a FNPS, de forma que o aumento da suplementação de proteína bruta não causa substituição do consumo de forragem. O teor de proteína bruta da forragem afeta, positivamente (com efeito quadrático, provocando aumento significativo até certo ponto, com máxima a 13% de proteína bruta na forragem), o consumo de matéria seca de pasto e total.