A emissão descontrolada de gases de efeito estufa tornou-se um problema mundial nos últimos anos. Os efeitos danosos dos gases de efeito estufa, quando enviados para a atmosfera, têm sido tema de destaque em diversos meios. Dentre esses gases, destacam-se o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e óxido nitroso (N2O). No entanto, existem outros gases que são tão prejudiciais quanto esses mencionados, ou ainda em grau superior, e por isso têm ganhado destaque e requerido estudos, como é o caso do gás fluoreto de sulfurila (SO2F2). SO2F2 é um gás utilizado em um processo (fumigação) direcionado ao controle de um grupo específico de pragas, os cupins. Apesar do SO2F2 ainda não ser utilizado no Brasil, ele é muito aplicado em diversos países, como: Estados Unidos, Canadá, Caribe, Japão, Austrália, Suíça e União Europeia. Diante da necessidade por técnicas de detecção precisas e eficientes, capazes de medir gases de efeito estufa em concentrações a níveis traço, a espectroscopia fotoacústica tem sido aplicada e ganhado destaque pelos ótimos resultados apresentados. Neste trabalho, a espectroscopia fotoacústica foi empregada em dois casos: no monitoramento dos gases CH4 e N2O emitidos por um processo de tratamento de resíduos orgânicos, a compostagem, e no estudo do gás SO2F2, utilizado na fumigação de ambientes. Para os estudos em compostagem, a técnica permitiu fazer um delineamento da emissão dos gases CH4 e N2O durante todo o processo. Para o SO2F2, foi encontrado um limite mínimo de detecção de 20 ppbv. Diante dos resultados adquiridos em ambos os processos, foi possível concluir que a espectroscopia fotoacústica, mais uma vez, se mostrou eficiente ao ser capaz de identificar os gases analisados, mesmo em concentrações na ordem de partes por bilhão (ppbv).