Neste trabalho foi estudado o tema da prostituição feminina com a transversalidade das Relações Sociais de Gênero e das construções identitárias. Desta forma, tem-se que a prostituição pode ser entendida como o ato de entrega do corpo e do sexo a outrem em troca de dinheiro, e, assim, tornou-se um “trabalho”, mesmo que não reconhecido oficialmente no Brasil, há um esforço de uma parte para que o seja. Pode-se dizer que é algo que instiga a muitos, mas também pode-se afirmar que é objeto de procura de diversas pessoas. Dentro deste cenário, vê-se que a prostituição feminina constitui um grande negócio, tanto no sentido de amplitude, quanto no sentido de movimentação financeira. E é por meio desta “profissão” que se pode perceber algumas representações sociais de mulheres e suas características de identidade, lembrando que, as construções identitárias se fazem em um determinado tempo e espaço, sobretudo, dentro das relações sociais de gênero, nos quais a mulher ainda não conquistou efetivamente o patamar de igualdade de direito e de oportunidade ao homem. Desta forma, objetivou-se averiguar como se dá a conformação dos processos de formação da identidade frente à notória desigualdade de gêneros no cenário da prostituição feminina, dentre as diversas capitais dos Estados brasileiros no atual momento, isto é entre nos anos 2015 e 2016. Para tanto, além de uma extensa pesquisa bibliográfica que abordou desde livros até artigos recentes e atualizados, foi entrevistada 01 coordenadora prostituta, a qual se dispôs em contribuir com a pesquisa. No entanto, foram enviados 18 formulários às coordenadoras e presidentes de associações e ONGs que representam as prostitutas nos diversos estados brasileiros e 4 pedidos de entrevista. Por fim, foram pesquisados páginas da internet, filmes e entrevistas online de prostitutas que abordam o protagonismo da mulher prostituta. A abordagem desta pesquisa foi qualitativa, já que esses formulários possuíam também questões abertas, as quais possibilitaram ao pesquisador uma reflexão analítico-crítica frente às prostitutas. Assim, dentro desta perspectiva, utilizou-se, para análise, o método dialético, visando decodificar o material empírico que subsidiaram ponderações acerca das formatações das identidades de mulheres na prostituição.