Com o objetivo de avaliar o rendimento de suínos abatidos com diferentes pesos e a capacidade de predição da composição física da carcaça a partir dos cortes comerciais e por uma amostra localizada da 9ª a 11ª costelas, foi realizado um experimento no setor de suinocultura do departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, com suínos machos castrados, onde foram utilizados 15 animais distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram de três categorias de pesos de abate 50, 60 e 70 kg. Os animais foram abatidos ao atingirem os pesos estipulados e as carcaças levadas a câmara fria em temperatura de 4ºC, após 24 horas as carcaças foram pesadas e serradas ao meio, utilizando-se a meia carcaça esquerda para realização dos cortes e retirada a seção entre a 9ª e 11ª costela, os quais foram pesados e posteriormente dissecados para a separação de seus respectivos componentes físicos. Para avaliar os rendimentos, os dados foram submetidos à análise de variância e teste Tukey, utilizando nível de 5% de probabilidade. Estimaram-se correlações de Pearson entre as composições físicas da carcaça com as da seção entre a 9ª e 11ª costela e dos demais cortes, também foram realizadas análises de variância e regressão, utilizando nível de 5% de probabilidade. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados com o auxílio do programa SAS 9.2. Observou-se que houve diferença significativa nos pesos absolutos dos cortes cárneos, os quais foram maiores nos animais abatidos com 70 kg e menores nos abatidos com 50 kg, exceto na paleta cujos pesos não diferenciaram entre os animais de 50 e 60 kg. Somente os rendimentos de carcaça quente e costela tiveram efeito significativo (P<0,05. Os comprimentos de perna foram maiores na categoria de 70 kg e menores nos animais abatidos aos 50kg, não houve efeito (P>0,05) dos tratamentos sobre o comprimento de carcaça e espessura de toucinho. Para composição tecidual em valorabsoluto a categoria de 70Kg apresentou maiores valores, com exceção da fáscia da costela que foi mais pesada no abate aos 60kg e não diferiu no de 50 kg. Para composição tecidual da carcaça em valores relativos, não houve diferença estatística para os tecidos ósseos, muscular e pele. O pescoço foi o que apresentou maior rendimento de músculo e menor rendimento de gordura entre os cortes. Desta forma o peso do abate influência nos rendimentos dos cortes cárneos e tecidual das carcaças de suínos machos castrados. Para dados de correlação, o osso do pernil 90% melhor representa o osso total da carcaça; para os cortes da paleta maior correlação para músculos na carcaça 94%; correlação para gordura, pele e fáscia melhor corte a paleta (0,94, 0,89 e 0,70). Para as equações de predição, a seção da 9ª e 11ª costela conferiu r² inferior para músculo, pele e osso na carcaça; pernil e costela melhor estimam músculo na carcaça. Estimativa para osso, pernil é o melhor corte r² 0,81. costela+barriga estima gordura, fáscia e pele na carcaça (87,48 e 80%). Mediante os resultados a seção compreendida entre a 9ª e 11ª costela suína não é suficiente para estimar todos os tecidos da carcaça.