Com esse estudo procurou-se avaliar comparativamente a anestesia total intravenosa pelo propofol e a anestesia geral inalatória pelo isofluorano e determinar qual modalidade anestésica foi mais vantajosa à dinâmica cardiorrespiratória, bem como sobre parâmetros intracranianos, em suínos recebendo FiO2 de 0,5 sob ventilação espontânea. Para tanto foram utilizados 16 animais machos ou fêmeas, distribuídos aleatoriamente em dois grupos de igual número: GI (Isofluorano e FiO2=0,5) e GP (Propofol e FiO2=0,5). Para todos os suínos, empregou-se como medicação pré-anestésica azaperona (2 mg/kg). Em ambos os grupos, os animais foram induzidos com propofol pela via intravenosa, na dose necessária para intubação orotraqueal. No grupo GI, após a intubação orotraqueal dos animais, o vaporizador foi ajustado para 1,5 CAM. No grupo GP, a manutenção anestésica foi realiza com propofol na taxa de 0,5 mg/kg/min. Em ambos os grupos, os parâmetros hemodinâmicos, ventilatórios e intracranianos foram avaliados 40 minutos após a indução da anestesia (M0), seguida de novas mensurações em intervalos de 15 minutos (de M15 a M60). Os resultados das variáveis paramétricas foram analisados pelo software SAS 9.1 (2010). De todos os parâmetros avaliados, houve diferença entre grupos nas variáveis respiratórias (PvO2, Hbv, ETCO2, f, Vt e Tins), cardiovasculares (PAS e IRPT) e intracranianos (PIC, PPC e TIC). Com relação aos momentos dentro do mesmo grupo, houve diferença no GI para as variáveis respiratórias (PaCO2, pH, PvO2, ETCO2, Vm, PAO2 e P(A-a)O2) e intracranianas (TIC). Já no GP, diferiram significativamente o pH, PvCO2, ETCO2 e TIC. Conclui-se que a anestesia geral intravenosa com propofol promove maior estabilidade dos parâmetros respiratórios, hemogasométricos e intracranianos. Sobre os parâmetros cardiovasculares, os efeitos do propofol e isofluorano são semelhantes. Além disso, a ventilação espontânea não é adequada para suínos jovens.