O rendimento de carcaça e cortes é conhecido como um dos principais objetivos da avicultura de corte, além da alta exigência dos consumidores por cortes com boa conformação e menor quantidade de gordura. Assim, faz-se necessário a formulação de dietas, que atendam as exigências nutricionais das aves, destacando a energia metabolizável (EM) a qual é responsável pelo maior custo das rações e considerada limitante no desempenho animal. Desta forma, realizou-se este trabalho com o objetivo de avaliar níveis de energia metabolizável na dieta de frangos de corte tipo caipira de 1 aos 84 dias de idade. Foram utilizados 900 pintainhos machos da linhagem pescoço pelado, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e seis repetições com 25 aves cada. Os tratamentos foram dietas contendo níveis de 2.700, 2.800, 2.900, 3.000, 3.100 e 3.200 Kcal de EM/kg. Os níveis de EM/kg foram obtidos pela inclusão crescente do óleo de soja em substituição ao caulim. Os níveis de EM/kg não afetaram (P>0,05) o ganho de peso, peso final, viabilidade criatória e o consumo de EM nos períodos de criação. Com o aumento dos níveis de EM/kg nas dietas, houve redução (P<0,05) nos consumo de ração, lisina e proteína bruta além de melhor (P<0,05) conversão alimentar das aves. Aos 28 dias de idade, o peso do coração aumentou linearmente (P<0,05) com o aumento do nível de EM/kg. Com 56 dias de idade, o peso absoluto de fígado e o peso relativo de pâncreas reduziram (P<0,05) com o aumento dos níveis de EM/kg nas dietas. O peso de carcaça aumentou (P>0,05) e o de asas diminuiu (P<0,05) com o aumento do nível de energia das dietas. Entretanto, o rendimento de carcaça e cortes nobres não foram afetados (P>0,05). Embora ocorra aumento no percentual de gordura abdominal, recomenda-se o nível de 3.200 Kcal de EM/kg da dieta para frangos de corte tipo caipira de 1 aos 84 dias de idade por proporcionar melhor conversão alimentar.