Investigaram-se, neste trabalho, as questões relativas ao desempenho de alunos do Ensino Médio em situação de vulnerabilidade social, tendo como foco do estudo uma escola pública estadual localizada na periferia do município de Rio Claro/SP. Partiu-se da hipótese de que os alunos matriculados na UEMPRC (nome fantasia da escola, a fim de preservar a identidade dos sujeitos entrevistados), sujeitos da pesquisa, apresentam desempenho acadêmico baixo - conforme resultados do IDESP 2014 – e que isso pode guardar relação com o fato de pertencerem a famílias de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social. O objetivo geral da pesquisa foi, então, evidenciar a relação entre a condição socioeconômica de alunos de baixa renda matriculados no Ensino Médio de escola pública localizada no interior do Estado de São Paulo e sua proficiência com base nos resultados do IDESP. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, amplamente empregado nas pesquisas educacionais com abordagem qualitativa, pois contribui para iluminar e/ou reiterar informações importantes acerca do objeto/tema do estudo proposto. O instrumento de pesquisa consistiu num questionário apresentado aos 157 alunos da UEMPRC, cujos resultados foram, posteriormente, tabulados com o auxílio do software SPSS – Statistical Package for Social Sciences. A análise dos resultados obtidos permitiu inferir que, de fato, a condição socioeconômica dos alunos, sujeitos da pesquisa, bem como a situação de vulnerabilidade social que vivenciam em seu cotidiano têm prejudicado a proficiência desses indivíduos nos estudos, fato comprovado pela avaliação do IDESP 2014, cuja nota foi de 1,37, indicando que os alunos entrevistados se enquadram na categoria abaixo do básico, ou seja, apresentam domínio insuficiente dos conteúdos, competências e habilidades requeridos para a série escolar em que se encontram. A fim de melhorar as competências desses alunos, visando sua profícua aprendizagem e a consequente melhoria dos índices avaliativos, o governo de São Paulo, vem, desde o ano de 2008, aprimorando e revisitando o Currículo do EM, além de garantir formação continuada docente, pois acreditamos que este é um dos instrumentos que possa promover, da melhor forma a consonância entre teoria e prática. As mudanças vieram contemplar os interesses do alunado, e levam em conta as questões da vulnerabilidade social, contribuindo para minimizar essa problemática.