Mudanças significativas na sociedade e na estrutura familiar têm feito com que as crianças se tornem cada vez mais soberanas do lar, influenciando e decidindo sobre o que comer, vestir, entre outros, inclusive para os adultos da casa. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo identificar os fatores determinantes da influência do consumidor infantil no processo de decisão de compra e consumo de alimentos na família. Para tanto, foi conduzido um estudo quantitativo-descritivo junto a 304 pais de crianças de 07 (sete) a 12 (doze) anos incompletos, mediante questionários estruturados. Para a análise dos dados utilizou-se de estatística descritiva, teste Qui-quadrado, coeficiente V de Cramer, Regressão Logístia Binária e análise hierárquica aglomerativa de clusters, para a identificação de segmentos. Foi possível criar um modelo para a determinação da probabilidade de influência do consumidor infantil no processo de decisão de compra e consumo de alimentos na família, a partir das variáveis Estrutura familiar, Frequência com que se pergunta a preferência do filho pela compra de alimentos e Frequência com que filho solicita compra de alimentos, tendo o mesmo um grau de precisão de 68,75%. Além disso, pode-se verificar a existência de segmentos distintos entre a população das famílias com filhos de 7 a 12 anos incompletos quanto ao processo de decisão de compra e consumo de alimentos na família mediante Análise Hierárquica de Cluster, tendo identificados quatro clusters: Famílias concessivas sem restrição econômica, na qual 75,8% das crianças influenciam no processo de decisão de compra e consumo de alimentos na família (37,45% da amostra), Famílias não concessivas com restrição econômica, na qual 50,0% das crianças influenciam (23,87% da amostra), Famílias não concessivas sem restrição econômica, na qual 51,7% das crianças influenciam (11,93% da amostra) e Famílias concessivas com restrição econômica, na qual 84,6% das crianças influenciam (26,75% da amostra).