O objetivo deste estudo foi avaliar se a adição do plasma seminal autólogo ao sêmen criopreservado de jumentos, aliado a lavagem uterina pós-inseminação artificial influencia nos índices de fertilidade em jumentas. Para isso, dois experimentos foram realizados: No experimento I foram analisados os parâmetros de cinética espermática pelo método computer assisted sperm analysis (CASA), análise da integridade de membrana plasmática e acrossomal (MPAI), peroxidação lipídica (PERO) e teor de espécie reativa de oxigênio intracelular (EROS) pela técnica de citometria de fluxo, de 15 ejaculados de 3 jumentos, diluídos em INRA-96®(IC - INRA, IMV Technologies, France) - Rota et al., (2012) ou em BotuCrio® (BC - Botupharma, Botucatu, Brasil), com e sem adição de plasma seminal (PS) após a descongelação. Os resultados do CASA foram semelhantes para os 2 diluentes (P>0,05), no entanto o BC proporcionou uma maior integridade de MPAI além da PERO menor que o IC, resultando em menor EROS (P<0,05). A adição do PS reduziu os parâmetros do CASA (p<0,05), porém sem ação na MPAI e PERO (p>0,05). No experimento II, avaliou-se a influência da adição do PS autólogo na pós-descongelação e sua associação à lavagem uterina (L) pós-inseminação artificial (IA), na fertilidade de jumentas. Foram utilizados 86 ciclos de 33 jumentas, divididas em 8 grupos: G1) BC + PS + L e G2) IC + PS + L foram testados mediante inseminações em 14 ciclos cada; G3) BC + L e G4) IC + L foram testadas em 11 ciclos cada, todas as L foram feitas 10 horas após a IA; G5) BC + PS e G6) IC + PS foram empregados em 8 ciclos cada, e o G7) BC e G8) IC foram avaliados em 10 ciclos cada. Verificou-se que o PS não influiu na fertilidade de jumentas (p = 0,6582) contudo a L,10 h pós-IA, interferiu positivamente na taxa de prenhez (p = 0,0097) elevando de 0% (G7 e G8) para 42,9% (G1 e G2).