Os biopolímeros mostram-se materiais promissores na construção de dispositivos para aplicações na área biomédica. Dentro desta classe a policaprolactona vêm sendo amplamente empregada em sistemas de liberação controlada, uma vez que permite a incorporação de drogas preservando a atividade farmacológica. Neste trabalho, apresentamos a proposta de um material híbrido composto por policaprolactona (PCL) e micro-/nanotubos de L,L-difenilalanina (MNTs-FF). O biomaterial foi avaliado à temperatura ambiente nas concentrações de 0% a 50% de MNTs-FF. As propriedades morfológicas e estruturais dos compósitos foram investigadas por diferentes técnicas analíticas, espectroscópicas e microscópicas. Os resultados obtidos mostraram que, o peptídeo promoveu variações microestruturais na rede polimérica, impactando no diâmetro médio das fibras (~570-360 nm), na cristalinidade (34,6 - 6,6%) e na porosidade (74 - 50%). Como consequência, tais variações foram associadas ao comportamento elástico-plástico da matriz. O aumento da concentração de MNTs-FF contribuiu para um maior módulo de Young para as fibras de PCL (12,47-18,96 MPa). Testes de biodegradação enzimática mostraram uma perda significativa de massa para as membranas com peptídeos em relação ao polímero puro. Os compósitos de MNTs-FF/PCL foram avaliados na liberação controlada do fármaco lipofílico, benzocaína. As membranas apresentaram uma eficácia progressiva de liberação de ~13 horas, sendo este um resultado superior ao gel disponível no mercado atualmente. Logo, o compósito exibiu elevada resistência mecânica e características biodegradáveis, sendo propriedades favoráveis na aplicação como sistemas carreadores de fármacos.