O presente estudo avaliou a atividade enzimas gástrica (pepsina), intestinal (aminopeptidase e
fosfatase alcalina) e pâncreas (tripsina, amilase, lipase, protease) no desenvolvimento embrionário e
larval de tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus obtido a partir de reprodutores alimentados com dietas
contendo quatro níveis de proteína bruta. O experimento foi realizado no período de janeiro a junho/2014,
utilizando 144 fêmeas e 48 machos (3: 1) distribuídas em 16 hapas (12 peixes/hapa). Foram utilizados
quatro tratamentos, composto pelos seguintes níveis de proteína bruta (PB): 32, 38, 44 e 50%, com
quatro repetições. Os ovos foram pesados (mg), quantificados, mantidos em incubadoras (2,0 L), e
separadas de acordo com o tratamento. Vinte e quatro (24) amostras (300,0 mg) por tratamento e quatro
(4) amostras por estágio de desenvolvimento embrionário e larval [clivagem S0-, S1- blastula, S2-
gastrula, S3- eclosão, S4- sete dias após o nascimento e S5- 10 dias após o nascimento] foram recolhidos,
mantidos em tubos criogénicos e colocado em azoto líquido (-196.0ºC) até ao momento em que as
enzimas digestivas foram analisados. Não houve diferenças entre os valores (P> 0,05) de pepsina,
aminopeptidase, tripsina e amilase. No entanto, observaram-se valores diferentes (P <0,05) para a
fosfatase alcalina (7 dias pós-nascimento), da lipase (blastula) e protease (blastula e incubação) no que
diz respeito aos quatro tratamentos. Os resultados mostraram que dietas com níveis de proteína bruta
oferecida a reprodutores de tilápia do Nilo influenciaram a atividade de enzimas digestivas durante
períodos embrionário e larval, enfatizando que os nutrientes ingeridos pela mãe foram transferidos para
a prole. Assim, mais estudos sobre dietas de reprodutores devem ser conduzidos a fim de fornecer
informações adicionais, não só no que diz respeito aos níveis de proteína, mas também de energia,
vitaminas e minerais, bem como, a interação entre eles e a utilização desses como biomarcadores
fisiológicos para uma piscicultura bem sucedida.