Introdução: Estudos com Ressonância Magnética Funcional (RMf) em adultos com síndromes de dor musculoesquelética tem demonstrado que estes toleram uma quantidade menor de pressão (dor),além de diferenças nos padrões de ativação cerebral nas áreas relacionadas à dor.
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de RMf, a ativação cerebral de adolescentes com dor musculoesquelética idiopática(DMEI)durante a execução de um paradigma experimental de dor e atenção.
Método: Participaram deste estudo 10 adolescentes(16,3±1,3) com DMEI e 10 adolescentes saudáveis idade pareados. Os exames de RMf foram realizados em scaner 3T(Magnetom Trio, Siemens)utilizando um paradigma de desenho evento D relacionado. Estímulos pressóricos foram administrados no polegar da mão não Ddominante,divididos em duas etapas, dor fixa e dor variável, e o teste Stroop foi aplicado no
intervalo entre estas.
Resultado: O grupo DMEI demonstrou um limiar reduzido para dor.A comparação entre os dois grupos durante a etapa de dor fixa evidenciou um aumento da ativação cerebral no grupo controle, quando comparados com o grupo DMEI, nas áreas tálamo, giro préD central e giro frontal médio. Na análise intragrupo, o grupo DMEI demonstrou maior ativação cerebral durante os estímulos imprevisíveis da etapa de dor variável, principalmente no giro lingual, lobo frontal,giro préD central e giro temporal,quando comparados aos estímulos previsíveis da dor fixa. A mesma comparação no grupo controle evidenciou ativação nas regiões do giro préD central, área subcalosa, giro fusiforme occipital direito e esquerdo, giro médio e préD cuneos.Durante os estímulos incongruentes do teste Stroop, o grupo DMEI apresentou maior ativação nas áreas do giro frontal, núcleo caudado, giro pós central, giro frontal superior, giro supramarginal, giro fusiforme e lobo frontal. Tanto o paradigma de dor imprevisível quanto o de atenção apontam para um funcionamento aumentado no cíngulo e córtex frontal.
Conclusão:Diante dos nossos resultados, podemos supor que esses adolescentes demandam maior ativação cerebral em áreas cognitivo D emocionais ao interpretarem situações sensório D perceptivas imprevisíveis