O Scrapie é uma doença neurodegenerativa progressiva de ovinos e caprinos adultos, foi descoberta há mais de 200 anos e faz parte das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis. É caracterizado por um acúmulo anormal da proteína priônica (PrP), derivada de um hospedeiro, não possui tratamento, levando a morte. Os polimorfismos nos códons 136, 154 e 171 possuem associação com a suscetibilidade ou resistência ao Scrapie clássico. A combinação dos polimorfismos nesses códons sugerem que VRQ e ARR são antagonistas na determinação da suscetibilidade a doença, O haplótipo 136A/154R/171R (ARR) confere resistência, sendo os indivíduos homozigotos os mais resistentes, já o haplótipo VRQ confere suscetibilidade. Esse trabalho teve como objetivo categorizar e padronizar os genótipos obtidos em animais resistentes susceptíveis, utilizando o método Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (q-PCR). Observou-se após a análise dos resultados que das 125 amostras coletadas, apenas 94 apresentaram resultados após a reação. Foram encontrados 4 alelos (ARQ, ARR, AHQ e VRQ) e 6 genótipos, sendo ARR/ARR, ARR/ARQ, ARQ/ARQ, ARQ/AHQ, AHQ/AHQ e ARQ/VRQ. Utilizando a classificação de risco de Dawson (1998), 6 animais se enquadram na categorização R1 (extremamente resistente), 15 animais são R2 (resistentes), a maioria dos animais se enquadram em R3 (65) apresentando leve resistência, nenhum (0) em R4 (suscetível) e 8 animais sendo R5 (altamente suscetível). O método de genotipagem q-PCR é eficiente para o gene PRNP, sendo uma técnica rápida, com custo relativamente baixo para um número alto de amostras, e com muita especificidade na reação, mostrando assim, que no rebanho testado, a grande maioria dos animais apresentam maior susceptibilidade ao desenvolvimento da doença, e poucos são resistentes.