Esse estudo foi desenvolvido com os objetivos de avaliar a resposta de embriões bovinos produzidos in vitro (PIV) à adição de resveratrol (Resv) aos meios de recultivo para embriões vitrificados (Experimento 1 - E1) e Holding para embriões frescos (Experimento 2 - E2) para verificar a manutenção ou melhora na qualidade desses embriões. No E1 embriões bovinos PIV vitrificados foram aquecidos e recultivados em meio contendo 0,5 µM de resveratrol, avaliando-se as taxas de reexpansão, eclosão e qualidade celular através da análise de TUNEL. No E1, a taxa de eclosão após 24 horas de recultivo foi superior (P < 0.05) no grupo Resv (37,7 vs 19,1%). Na taxa de embriões de acordo com o estágio de desenvolvimento não apresentaram diferença entre tratamentos. Ainda no E1, para os embriões PIV frescos o número total de células (NTC) foi superior ao encontrado nos embriões vitrificados (131,6 vs 88,8 e 82,7%), assim como o NCA (número de células apoptóticas) foi menor (6,3 ± 0,8) em relação aos grupos controle e resveratrol (15,8 ± 1,2 e 13,5 ± 1,0), que não diferiram entre si nessas variáveis. Não foi observada diferença nas taxas de embriões degenerados e emissão de espécies reativas ao oxigênio (EROS) e glutationa (GSH). No E2 embriões bovinos PIV frescos foram envasados em palhetas de 0,25mL com meio holding na presença (TR6 e TR10) ou ausência (TH6 e TH10) de resveratrol e mantidos sobre placa aquecedora a 36°C em diferentes tempos, seis e 10 horas, seguido do desenvase e recultivo até 24 horas. As taxas de eclosão às 24hs dos embriões tratados com antioxidante tenderam a ser maior que no controle. As taxas de Bx TR10 foi superior (51,2%) ao TR6 (30,8%) (P < 0,05), os demais estágios de desenvolvimento apresentaram-se semelhantes. O NTC foi menor no TH10, assim como a MCI. O índice de EROS foi superior no TH10 (23,4126 ± 1,5661). Os valores de GSH do TR6 (95,2208) foram maiores que TH6 (30,7594) (P < 0,05), no TR10 a emissão de GSH (49,5330 ± 6,5332) não diferiu do grupo TH10 (47,2044) (P > 0,05).