A obesidade é uma epidemia mundial, comumente associada a má alimentação, e que pode desencadear doenças como a diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemias, alterações de importante diagnóstico e tratamento, porém difíceis de controlar. A utilização de fitoterápicos é a alternativa que vem sendo empregada, afim de diminuir ou suprimir o uso de alopáticos, tendo a atenção de avaliar a possível toxicidade. Com este intuito, este estudo objetivou analisar a composição da dieta elaborada de acordo com o proposto na literatura, AIN-93 modificada, e sua interferência no peso e glicemia dos camundongos Swiss/WB; avaliar os metabólitos hepáticos e renais, colesterol, triglicerídeos, cálcio, albumina e a atividade da arilesterase PON1 sob efeito do extrato aquoso do hibisco nas concentrações de 125mg/kg, 250mg/kg, 500mg/kg e 750mg/kg em modelos biológicos com diabetes mellitus tipo II; e avaliar o extrato aquoso de “Hibiscus rosa-sinensis” sob os parâmetros de retenção da fluoresceína, opacidade da córnea e inchaço da córnea em modelo “ex vivo”. Para o estudo da formulação da dieta normocalórica e hiperlipídica, foi realizada a bromatologia do alimento ofertado a dez camundongos Swiss/WB por 60 dias e avaliado o ganho de peso e a glicemia. O estudo realizado para avaliar a atuação do extrato aquoso de “Hibiscus rosa-sinensis” nos metabólitos hepáticos, renais, colesterol, triglicerídeos, cálcio, albumina e a atividade da arilesterase PON1, foi desenvolvido em camundongos e utilizado diferentes concentrações do extrato. Todos os grupos receberam dieta hiperlipídica por 120 dias; aos 60 dias foi feita o teste de tolerância a glicose e, após confirmação da diabetes mellitus tipo 2, iniciaram-se os tratamentos. Ao final do experimento amostras sanguíneas e teciduais, tecido adiposo peritoneal e hepático, foram analisadas quanto ao perfil bioquímico, atividade da arilesterase PON1 e peso da gordura abdominal. A avaliação da toxicidade do extrato aquoso de hibisco 100% foi realizada em modelo “ex vivo” utilizando globos oculares de frango – oriundos de abatedouro, os quais foram avaliados quanto a retenção de fluoresceína, opacidade e inchaço de córnea. Assim chegamos aos seguintes resultados e conclusões: os animais que ingeriram dieta comercial apresentaram peso e glicemia inferior aos grupo normocalórica e hiperlipídica, porém o peso e glicemia do grupo normocalórica foi semelhante ao do grupo hiperlipídica. O estudo bromatológico revelou que a dieta normocalórica continha elevado teor de carboidrato na sua composição e níveis mais baixos de proteína, de acordo com o recomendado para animais de laboratório. O extrato aquoso de “Hibiscus rosa-sinensis” atuou na diminuição da glicemia e consequente resistência a insulina dos modelos biológicos. Além disso, atuou na normalização do colesterol e triglicerídeos circulantes, ofertou cálcio para o organismo e tornou o balanço oxidante antioxidante mais favorável. Ainda, não apresentou toxicidade aos animais de acordo com as análises bioquímicas, tornando o extrato aquoso uma importante ferramenta a ser utilizada no tratamento da obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemias, doenças que afetam bilhões de pessoas pelo mundo. Na análise da toxicidade, podemos concluir que o extrato aquoso de hibisco não apresentou elevado grau de irritação nos testes de retenção da fluoresceína, da opacidade da córnea e inchaço da córnea.