O presente estudo objetivou avaliar o efeito da vitamina C no desempenho, parâmetros reprodutivos e qualidade de ovos e larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) mantidos em sistema de recirculação de água. Foram testadas quatro dietas isoproteicas e isoenergéticas, com diferentes níveis de inclusão de vitamina C (0, 261, 599 e 942 mg/kg de ração) para os machos e fêmeas. Os machos foram extrusados durante quatro semanas consecutivas. Para as fêmeas, empregaram-se os mesmos níveis de vitamina C. Após 45 dias, foi realizada a reprodução durante quatro semanas. Para avaliar a qualidade das larvas, foram realizados testes de exposição ao ar de 40 e 50 minutos e de incubação das larvas durante o período lecitotrófico em diferentes salinidades (entre 0 a 6 g de sal/L). Para os machos, as variáveis espermáticas, motilidade, vigor e concentração espermática, foram maiores nos tratamentos com 599 e 942 mg de vitamina C/kg de ração, apresentando. O índice gonadossomático, volume de sêmen realizado na quarta coleta e proteína plasmática apresentaram relação direta com o aumento dos níveis de vitamina C na dieta. Não foram observadas alterações no índice hepatossomático e glicose sanguínea. O hematócrito e eritrócito apresentaram melhores valores estimados pela derivada das equações a 850 e 638 mg de vitamina C/kg de ração, respectivamente. O leucócito apresentou relação inversamente proporcional ao aumento dos níveis de vitamina C na ração. O batimento flagelar apresentou melhores resultados para os reprodutores alimentados com as dietas contendo 942 e 599 mg de vitamina C/kg de ração. Para as variáveis linearidade, velocidade da trajetória real, velocidade da trajetória linear, velocidade da trajetória média dos espermatozoides observou-se maiores valores com o maior nível de vitamina C na dieta. Para as fêmeas, os maiores índice gonadossomático, peso dos ovos e medidas das larvas no momento da eclosão foram registrados para o uso de 599 e 942 mg de vitamina C/kg de ração. O índice hepatossomático, fecundidade total e relativa foram superiores para as fêmeas que receberam 599 mg de vitamina C/Kg de ração Em relação ao diâmetro maior e diâmetro menor dos ovos e medidas das larvas 120 horas pós eclosão, os menores valores foram para os que procederam das fêmeas alimentadas sem vitamina C. A taxa de eclosão, produção média de ovos por fêmea e produção média de larvas por fêmea apresentaram relação direta com o aumento dos níveis de vitamina C na dieta. O hematócrito, eritrócitos leucócitos e proteína plasmática total foram piores nas fêmeas que não receberam vitamina C na dieta. A glicose, após o período reprodutivo foi menor para o tratamento com 942 mg de vitamina C/kg de ração, e superior para o tratamento sem vitamina C na ração. Quando os ovos foram incubados em diferentes salinidades, a pior sobrevivência foi para o tratamento sem vitamina C ao final de 120 horas de incubação. Para o teste de exposição ao ar por 40 e 50 minutos, a resistência ao estresse das larvas recém eclodidas foi superior para as larvas provenientes de fêmeas que receberam 942, intermediário para 599 mg de vitamina C/kg de ração e inferiores para os demais tratamentos. Conclui-se que, a adição de 599 e 942 mg de vitamina C otimizou os parâmetros reprodutivos, variáveis sanguíneas dos reprodutores e qualidade dos ovos e larvas de tilápia do Nilo.