O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes doses do alho in natura
no controle de Salmonella Infantis, sobre o desempenho, rendimento de carcaça, excreção
fecal de Salmonella e parâmetros sanguíneos em frangos de corte experimentalmente
inoculados. Foram utilizados 256 pintos, machos, de um dia de idade distribuídos em
delineamento inteiramente ao acaso com oito tratamentos, quatro repetições e oito aves por
unidade experimental. As aves foram inoculadas via oral ao primeiro dia de idade com 0,5 mL
de solução salina tamponada, contendo aproximadamente 5,0 x 10
3
UFC/mL de Salmonella
Infantis. O tratamento 1 (T1) consistiu o grupo controle (Placebo); T2- recebeu o alho na dose
de 1,5% na ração; T3- recebeu o alho na dose de 3,0% ; T4 – recebeu o alho na dose de 4,5%;
T5- grupo inoculado via oral (Controle positivo Salmonella Infantis.); T6- inoculado via oral
tratado com 1,5%; T7 – inoculado via oral tratado com 3,0%; T8 – inoculado via oral tratado
com 4,5%. Foram avaliados o desempenho (sete, 21 e 35 dias) e oito aves por tratamento
foram submetidas ao rendimento de carcaça aos 40 dias. Aos oito, 15 e 29 dias quatro aves
por tratamento foram submetidas a um jejum de seis horas, pesadas, eutanasiadas,
necropsiadas e órgãos foram coletados para determinação do peso e para pesquisa de
Salmonella. Foram coletados suabes de cloaca aos três, 13 e 28 dias de idade e amostras de
sangue aos 14 e 36 dias de idade, após jejum de oito horas, para a avaliação dos parâmetros
sanguíneos. Aos sete e 21 dias o ganho de peso e peso final foram menores nas aves que
receberam 4,5% de alho, e não houve diferença significativa no período de 1-35 dias. Não
houve diferença no rendimento de carcaça, mas verificou-se que a gordura abdominal reduziu
numericamente nos grupos que receberam 1,5% e 4,5% de alho, e o rendimento das asas foi
menor nos grupos que receberam 3% e 4,5% de alho. O peso do intestino e do fígado, aos 29
dias foram maiores nas aves inoculadas e tratadas com 3,0% de alho. O peso do baço foi
maior nas aves inoculadas aos 29 dias. O alho nas doses utilizadas não inibiu a invasão de
Salmonella no baço. Observou-se que o alho não reduziu a população intestinal de E. coli,
mas reduziu a de Salmonella. Observou-se que o alho influenciou os níveis de colesterol.
Conclui-se que o alho in natura nas doses utilizadas não altera o desempenho, o rendimento
de carcaça, nem a excreção fecal de Salmonella, assim como não inibi a migração de
Salmonella para o baço, mas influencia nos níveis séricos de colesterol.