A expansão do cultivo da tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) no mundo, ocorreu em função de diversos fatores tais como uma grande produção de alevinos machos, a inclusão do cultivo em tanques-rede. No Brasil a piscicultura como atividade econômica é recente, embora o Brasil apresente um dos maiores potenciais hídricos do mundo para a aquicultura, por possuir recursos hídricos abundantes, grande extensão territorial e tem grande parte do território localizado em ambiente tropical (NOGUEIRA, 2007). Um desafio para a criação de tilápias é a necessidade de redução dos custos de produção (OLIVEIRA, 2009). Com os sucessivos aumentos dos preços dos insumos agropecuários, estudos vêem sendo desenvolvidos para avaliação de alternativas, que aumentem a sustentabilidade da atividade (HISANO et al., 2008). Os prebióticos vêm sendo utilizados como alternativa aos promotores de crescimento, em animais jovens ou em iminente risco de estresse, com o objetivo de manter o equilíbrio benéfico da microbiota intestinal, melhorando as condições luminais do TGI, do sistema imune e em alguns casos, pela melhora no desempenho do animal (SILVA; NORNBERG, 2003). Um dos mais importantes prebióticos que tem sido pesquisado em todo o mundo é o MOS (mananoligossacarídeo), que consiste em fragmentos de parede celular de Saccharomyces cerevisiae eficaz na aglutinação de bactérias patogênicas, impedindo a colonização e proliferação destas populações no intestino e mudando a estrutura do intestino. O objetivo deste trabalho foi verificar a resposta do uso de mananoligossacarideo na dieta de Tilapias-do-Nilo. Foram avaliados alevinos e juvenis de tilápias do Nilo, com dietas contendo mananoligossacarídeo, onde foi avaliado desempenho zootécnico, hematologia e morfometria intestinal para verificar as mudanças proporcionada pelo prebiótico a morfometria intestinal. O uso de mananoligossacarideo em dietas para tilápias apresenta ainda resultados inconsistentes, carecendo de mais estudos que visem avaliar novos produtos industriais, assim como outras concentrações nas dietas, que sejam viáveis técnica e economicamente e que tragam resposta no desempenho zootécnico dos animais. Alterações morfométricas das vilosidades intestinais não parecem ser marcadores eficazes para a avaliação de resposta morfológica intestinal dos peixes ao prebiótico, devendo ser buscados novos marcadores, que possibilitem uma avaliação da ação dos produtos testados em curto prazo.