Objetivou-se detectar a presença de ácidos graxos poliiinsaturados (PUFA) na circulação sanguínea e no fluido folicular do ovário equino, como resultado da suplementação de óleo de linhaça na dieta. Foram utilizadas seis éguas Mangalarga Marchador entre 2,5 e 22 anos de idade, pesando 397 ± 31,89 kg e ECC entre 3 e 6.5, mantidas em pastagem nativa. No desenho experimental, as éguas foram alocados aleatoriamente para receber 150 ml de óleo vegetal por dia, contendo PUFA n3 (62,23 g ALA, 20,34 g LA, 2,27 g EPA, DHA 2,32 g), (n = 3) ou sem suplementação ( n = 3) numa primeira réplica. Quatro amostras de sangue e de fluido folicular foram tomadas no primeiro (D0) e a cada 10 dias até o fim do período de suplementação (D10-D30). Depois de um intervalo de 14 dias, as éguas foram trocadas entre os tratamentos para uma segunda repetição. Perfis lipídicos foram determinados por cromatografia gasosa. Os dados foram submetidos aos procedimentos MIXED e REG do SAS®. No plasma as concentrações de ácido linolênico ALN no total de ácidos graxos foram superiores (P = 0,006) nas suplementadas em comparação com o grupo
controle (1,89 ± 0,13 vs. 1,49 ± 0,13%). No fluido folicular, as concentrações de ácido linoléico foram semelhantes entre os tratamentos (10,9 ± 2,23 ± 7,61 vs 2,22%) e em períodos (5,75 ± 3,33, 12,87 ± 4,09 e 14,2 ± 4,09% para períodos de 1, 2 e 3 para o grupo suplementado, e 7,55 ± 3,34, 9,01 ± 4,08 e 6,27 ± 4,08%, para o grupo controle, respectivamente). No entanto, as concentrações de DHA tenderam a ser maior (P = 0,06) no grupo controle. Houve correlações positivas entre o ácido linoleico e ácido araquidônico no plasma e no fluido
folicular (P = 0,0106; r2 = 0. 13) e entre o ácido linolênico e EPA no plasma e no fluido folicular (P = 0 0004;. R2 = 0,2544). Em conclusão, os dados indicam uma baixa à moderada relação entre a suplementação alimentar à base de óleo de linhaça estudado e a circulação e conteúdo de PUFA no fluido folicular em éguas.