Esperamos que esta dissertação contribua com a área de conhecimento da
Educação Infantil e, mais precisamente, da Educação Infantil do Campo. O que
efetivamos por meio da “Análise de documentos, considerados centrais, das
Políticas Públicas de Educação Infantil no/do Campo, no Brasil, a partir da
Constituição Federal de 1988”. O estudo buscou investigar se as Políticas Públicas
de Educação Infantil no/do Campo, a partir da Constituição de 1988, tendem a uma
perspectiva emancipatória. Considerando a perspectiva da emancipação humana
que elementos, constantes nas políticas públicas, apontam nesse sentido? Para
efetivar a investigação utilizamos o método qualitativo, com estudo bibliográfico e
análise documental, a partir do referencial do materialismo histórico e dialético. A
revisão bibliográfica traz o estudo de diferentes obras e autores, entre eles Marx,
Mészáros, Shiroma; Moraes; Evangelista; Oliveira. Conclui-se que os documentos
oficiais representam avanços e retrocessos e trazem as marcas da influência de
organismos internacionais que objetivam, através da educação, o crescimento do
capital. Na relação entre emancipação humana e reprodução econômica e
sociocultural, são os movimentos sociais que reivindicam, através de múltiplas
ações, os direitos também na educação, assim como a sua efetivação. Eles
reivindicam uma educação ‘diferente’, efetivamente ligada à produção da vida. As
experiências de outra educação, realizadas pelos Movimentos Sociais do Campo,
assim como a produção teórica decorrente, tem sido referência da dimensão
emancipatória encontrada na política pública, expressa nos documentos analisados.