O trabalho constituiu-se de dois experimentos, sendo o primeiro realizado no período do verão, e o segundo no inverno, cujos objetivos foram: (1) Avaliar alterações na composição bromatológica e bioquímica, além dos efeitos sobre o índice de área foliar, produção de matéria seca e nas características anatômicas de Urochloa brizantha cv. Marandu adubado com nitrogênio e coletado em diferentes períodos de crescimento; e (2) avaliar o efeito de diferentes doses de N sobre o crescimento, proteína bruta, lignina e carboidratos em plantas de Urochloa brizantha cv. Marandu diferido e adubado, respectivamente. Ambos os experimentos foram desenvolvidos na fazenda Boa Vista, município de Macarani. O experimento I foi realizado entre dezembro de 2013, quando foi realizada a adubação nitrogenada, e janeiro de 2014. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas, sendo as parcelas a adubação (0 e 100 kg de N/ha) e as subparcelas o tempo (10, 20, 30 e 40 dias), com cinco repetições. Neste, foram realizadas a avaliação da biomassa forrageira, análises bromatológicas, determinação de carboidratos solúveis e insolúveis e estudos anatômicos e histoquímicos. A composição bromatológica não foi afetada (P>0,05) nem pela adubação e nem pela altura da planta, da mesma forma, não houve interação entre os fatores. As análises bioquímicas foram afetadas (P<0,05) pelo período e algumas variáveis também pela adubação com N. Verificou-se que houve influência do nitrogênio sobre a produção de massa seca e a relação folha:colmo. A adubação nitrogenada com 100 kg de N.ha-1 não alterou as características anatômicas, a composição bromatológica e as variáveis bioquímicas estudadas. Porém, o índice de área foliar (IAF), a produção de matéria seca (PMS) e a relação folha:colmo foram influenciados pela adubação e pelo tempo, sendo que este proporcionou um aumento crescente nessas variáveis até 40 dias. Dessa maneira, é recomendado o uso de 100 kg de N.ha-1 e a utilização da forragem com 40 dias após a adubação, pois, além de ter uma maior produção, tem-se também uma forragem de maior qualidade com alta proporção de folha. O experimento II ocorreu durante o período de abril de 2013, quando foi realizada a adubação nitrogenada, a outubro de 2013, quando se fez a última coleta de forragem. O trabalho foi realizado em parcelas subdivididas, sendo a adubação (0, 50, 100 e 150 kg.ha-1 de N), as parcelas; e o tempo de coleta (28, 56, 84 e 112 dias), as subparcelas, em um delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições. Os pastos foram vedados à entrada dos animais, durante um período de 120 dias, sendo diferidos entre os meses de julho e outubro de 2013. Neste experimento foram avaliados a biomassa forrageira, crescimento, análises bromatológicas e carboidratos solúveis e insolúveis. Verificou-se que houve influência do (P<0,05) nitrogênio sobre a produção de massa seca. Tanto a altura do dossel como a altura com a folha estendida responderam de forma linear à adubação nitrogenada, e também pelo período do diferimento (P<0,05), porém, não houve interação entre os fatores. A proteína bruta respondeu de forma linear à adubação nitrogenada, já o tempo influenciou de forma quadrática (P<0,05), não havendo interação entre os fatores estudados. Já o teor de lignina não foi afetado nem pela adubação com nitrogênio nem pelo período de diferimento (P>0,05). Não houve influência do nitrogênio para os conteúdos de açúcares solúveis totais (ASTF), açúcares redutores (ARF) e AMIDO (P>0,05), porém, o tempo influenciou de forma cúbica as variáveis (P<0,05). Os ASTC e ARC responderam de forma quadrática à adubação e de forma cúbica ao tempo (P<0,05). A adubação nitrogenada não se mostrou eficiente em promover a síntese de açúcares solúveis totais, redutores e amido. Contudo, a produção de matéria seca foi diretamente influenciada pela adubação com N, assim, é recomendado o uso de 150 kg de N.ha-1 a fim de promover uma maior produção de forragem.