Objetivou-se com este trabalho avaliar a fibra de soja (FiS) e okará (OK) na alimentação de coelhos em crescimento. Foram conduzidos dois ensaios no setor de Cunicultura da Universidade Estadual de Maringá. No ensaio de digestibilidade utilizaram-se 36 coelhos NZB com 45 dias de idade, alojados em gaiolas metabólica, em um delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos, sendo uma dieta referencia e outras duas dietas testes em que a FiS e a OK foram incluídas em 25 e 26% respectivamente, em substituição a matéria seca da dieta referencia.O período experimental compreendeu 14 dias de adaptação e quatro para coleta de fezes. Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), energia bruta (EB) foram respectivamente de 57,31%, 93,03% e 60,64% para a FiS e 57,33%, 48,09%, 62,02% para o OK. Os teores digestíveis de MS, proteína e energia foram respectivamente de 54,10%, 16,96% e 2499,41Kcal/Kg para a FiS e 50,87%, 17,24% e 2516 Kcal/Kg para a OK. Para o ensaio de crescimento foram utilizados 220 coelhos NZB no período de 35 a 70 dias de idade em delineamento inteiramente casualizado com 11 tratamentos, sendo uma ração testemunha, balanceada de acordo com as exigências nutricionais desta fase fisiológica e outras dez dietas em que a FiS e a OK foram adicionadas, em níveis de 5, 10, 15, 20 e 25% e 10 repetições com dois animais por unidade experimental. Aos 50 dias apenas a OK apresentou piora linear no peso vivo (PV), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). Aos 70 dias o GP a 20 e 25% de inclusão de OK piorou linearmente, mas sem comprometer o PV final. Conclui-se que a fibra de soja pode ser incluída ao nível máximo estudado e a okará até 15% sem comprometer o GP nas rações de coelhos em crescimento.