O objetivo deste trabalho foi verificar as alterações que ocorrem nas células espermáticas durante o processo de criopreservação nas diferentes subespécies Bostaurus e Bosindicus. Analisou-se o ejaculado de 20 animais (10 de cada subespécie) quanto à motilidade, morfologia espermática, integridade de membrana plasmática e acrossoma, peroxidação lipídica, condensação da cromatina e morfometria da cabeça do espermatozoide no sêmen fresco e após criopreservação/descongelamento. Nas avaliações com sêmen fresco, a subespécie Bostaurus mostrou resultados de motilidade superior quando comparada aos zebuínos (68,00%±6,32% e 63,00%±4,83% respectivamente, p<0,05). Os animais europeus mostraram melhor congelabilidade do sêmen, pois seus espermatozoides, de maneira geral, foram menos afetados pelo processo de criopreservação (B. taurus – Motilidade (%): 38,00±7,88, HIPO (%): 40,4±6,45, Área: 11556,14±2055,46, Perímetro: 25,17±1,87, Largura: 5,22±0,96, Fourier 2: 7867,27±1965,47; B. indicus - Motilidade: 30,00±4,71, HIPO: 27,5±6,98, Área: 12416,06±2232,06, Perímetro: 26,02±2,02, Largura: 5,31±0,97, Fourier 2: 8536,77±2058,21). Foi observado que a criopreservação causa danos em todas as estruturas espermáticas, independentemente da subespécie, indicando que avanços nesta técnica ainda são necessários.