O presente trabalho analisou a neuroproteção da fluoxetina na retina de ratos submetidos à foto-exposição. Foram utilizados 45 ratos, machos, adultos, Wistar. Os animais foram mantidos em condições padrão de biotério O estudo foi dividido em dois experimentos: Prevenção e Regeneração. No primeiro, os animais foram divididos em 3 grupos: GCP (Controle), GFotoP (Foto-exposto) e GFP (tratados com fluoxetina previamente por 7 dias antes da foto-exposição). No experimento regeneração, os animais foram divididos em 6 grupos: GC (controle), GFoto (Foto-exposto), GF 7 (Foto-exposto e tratados com fluoxetina por 7 dias consecutivos), GF 14 (Foto-exposto e tratados com fluoxetina por 14 dias consecutivos), GF 21 (Foto-exposto e tratados com fluoxetina por 21 dias consecutivos) e GF 30 (Foto-exposto e tratados com fluoxetina por 30 dias consecutivos). A foto-exposição foi realizada por 12 horas com uma intensidade de 3000 LUX. A fluoxetina foi administrada na dose de 10mg/kg de peso corporal. Para a realização do Eletrorretinograma (ERG), os animais foram anestesiados com Cloridrato de Quetamina (60mg/Kg) e Xilazina (20mg/Kg). Para a eutanásia, foi administrada uma sobredose de pentobarbital sódico. Em seguida, foi realizada a toracotomia e a perfusão com solução de NaCl a 0,9% e paraformaldeído a 4% em tampão fosfato 0,1M (pH 7,4). Após a perfusão, os olhos esquerdos foram enucleados, imersos no paraformaldeído a 4% por 48 horas, incluídos em paraplast, cortados a uma espessura de 5 μm, corados com Hematoxilina e Eosina e montados entre lâmina e lamínula. Para a morfologia e morfometria, os cortes foram fotomicrografados com o auxílio do sistema LAEZ (Leica) e mensurados com o software ImageJ®. Para a avaliação da apoptose celular, os cortes foram submetidos ao procedimento TUNEL. Os resultados demonstraram menor índice apoptótico, uma menor redução da espessura bem como melhor morfologia do segmento externo dos fotorreceptores dos animais tratados com fluoxetina. Ao exame de ERG, o tempo implícito e a amplitude das ondas a e b, mostraram-se melhores nos animais tratados com a fluoxetina. Desta forma, a fluoxetina, administrada tanto previamente como posteriormente à foto-exposição, apresenta uma neuroproteção importante contra os efeitos nocivos do excesso de luz na retina de ratos.