Para ampliar o conhecimento das associações farmacológicas entre a dexmedetomidina associada à opioides e, verificar as possíveis alterações sobre o sistema cardiorrespiratório, efeitos sedativos e antinociceptivos, essa dissertação teve como objetivo a realização de revisão de literatura e a elaboração da pesquisa em formato de artigo, abordados no capítulo I e II, respectivamente. Foram utilizados oito cães da raça beagle, hígidos, pesando 15,4 ± 2,9 kg, em estudo do tipo aleatório, “cego” e “cruzado”. Os tratamentos foram designados como dexmedetomidina (D - 0,01 mg/kg), dexmedetomidina + butorfanol (DB - 0,01 mg/kg + 0,15 mg/kg), dexmedetomidina + meperidina (DM - 0,01 mg/kg + 5 mg/kg), dexmedetomidina + metadona (DME - 0,01 mg/kg + 0,5 mg/kg), dexmedetomidina + morfina (DMO - 0,01 mg/kg + 0,5 mg/kg), dexmedetomidina + nalbufina (DN - 0,01 mg/kg + 0,5 mg/kg) e dexmedetomidina + tramadol (DT - 0,01 mg/kg + 5 mg/kg), associados na mesma seringa e aplicados pela via intramuscular. Foram avaliados os parâmetros cardiorrespiratórios (frequência cardíaca – FC; frequência respiratória – FR e pressão arterial média – PAM), hemogasometria arterial (potencial hidrogênionico no sangue arterial – pHa; pressão parcial de oxigênio no sangue arterial – PaO2; pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial – PaCO2, íon bicarbonato – HCO3-, déficit ou excesso de bases – DEB; íons sódio – Na+, potássio – K+ e cloreto – Cl–), efeitos sedativos e aspectos antinociceptivos nos tempos t0 (basal – imediatamente antes da aplicação dos fármacos); t15 a t120, após a aplicação dos tratamentos com intervalo de 15 minutos durante 120 minutos. Houve redução significativa da FC, comparativamente ao t0, em todos os tempos nos tratamentos DB, DM, DME e DMO, da PAM no DB, DM e DMO e da FR no D, DB, DME e DT. Redução significativa do pH em relação ao t0 foi observada em todos os tratamentos até t120; entre os tratamentos os valores no DM foram inferiores aos demais no t15 e no DMO em t60 a t120. Referente à PaCO2, houve incremento significativo comparativamente ao basal em todos os tempos no DM, DME, DMO e DN; os valores no DME em t60 e DMO em t105 foram superiores aos demais tratamentos nos referidos tempos. Em nenhum tratamento foi verificado hipercapnia. Foi observado redução significativa da PaO2 nos tempos t15 a t120 comparativamente ao basal no DM, e comparativamente aos outros tratamentos, os valores médios no t15 no DM foram significativamente inferiores. Houve redução do DEB em todos os tempos nos tratamentos DB, DM, DMO, DN e DT comparativamente ao t0. Os maiores escores de sedação foram observados no DM e DME. Os efeitos antinociceptivos foram superiores comparativamente ao D nos tratamentos DB, DME, DMO e DN em todos os tempos de avaliação. Concluindo, as associações promovem alterações cardiorrespiratórias semelhantes, com maiores escores de sedação em que a dexmedetomidina é associada à meperidina e a metadona, além de efeitos antinociceptivos significativos nas associações com butorfanol, metadona, morfina e nalbufina.